
Análise da realização da cirurgia ambulatorial na perspectiva da qualificação e resolutividade do cuidado prestado pelo médico de família e comunidade na Atenção Primária à Saúde na cidade do Rio de Janeiro
Author(s) -
Philipp Rosa Oliveira,
César Augusto Orazem Favoreto
Publication year - 2019
Publication title -
revista brasileira de medicina de família e comunidade
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2179-7994
pISSN - 1809-5909
DOI - 10.5712/rbmfc14(41)1864
Subject(s) - medicine , humanities , nursing , philosophy
Introdução: A Estratégia de Saúde da Família, a partir de 1998, representa o modelo de organização e de qualificação da Atenção Primária à Saúde no Brasil. No município do Rio de Janeiro, nos últimos anos, ocorreu um incremento rápido na cobertura da população pelas equipes de saúde da família, com a perspectiva de desenvolvimento de uma Atenção Primária à Saúde abrangente. Nesta perspectiva surge a cirurgia ambulatorial, que tem sido incorporada muito timidamente às práticas das Unidades Básicas. Objetivos: Este artigo analisa a incorporação da cirurgia ambulatorial pelas Equipes de Saúde da Família como um dos aspectos envolvidos na ampliação da coordenação do cuidado e da resolutividade da Atenção Primária à Saúde. Métodos: Foi realizado um estudo exploratório descritivo, utilizando-se da análise dos dados da produção dos procedimentos cirúrgicos na rede de atenção básica da cidade. O estudo analisou as informações disponíveis no banco de dados denominado Carteirômetro no período de outubro de 2015 a março de 2017, além de entrevistas online com médicos de família atuantes na Estratégia de Saúde da Família. A expansão das equipes de saúde da família neste período foi acompanhada do aumento percentual dos procedimentos de cirurgia ambulatorial (63,8%). Resultados: Contudo, esta evolução representa, ainda, um tímido quantitativo de cirurgias realizadas pelo número de equipes implantadas, ou seja, cerca de 1,5 procedimento/equipe no último trimestre pesquisado. Conclusão: Entre os fatores limitadores destas intervenções, identificou-se a ausência de capacitação profissional para a execução destes procedimentos, além de estrutura física e processual inadequada das unidades de saúde.