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Anticonsumo no Brasil: Investigando a Percepção dos Anticonsumidores de Carne Vermelha
Author(s) -
Liana Ribeiro dos Santos,
Renata Céli Moreira da Silva,
Marie Agnes Chauvel
Publication year - 2013
Publication title -
remark - revista brasileira de marketing
Language(s) - English
Resource type - Journals
ISSN - 2177-5184
DOI - 10.5585/remark.v12i3.2335
Subject(s) - humanities , art , philosophy
A sociedade contemporânea foi chamada de Sociedade do Consumo ou Sociedade dos Consumidores (Baudrillard, 1995; Bauman, 2008; Rochefort, 1995). Uma das premissas dessa cultura do consumo é o acúmulo de bens materiais como fonte de realização e felicidade. Vários estudos apontam, porém, que, uma vez atendidas as necessidades essenciais, o sentimento de ser feliz não cresce com a elevação dos níveis de consumo (Bauman, 2008; Shankar et al, 2006). Uma das reações à insatisfação com as promessas não alcançadas da cultura do consumo é a resistência ao consumo. O objetivo deste trabalho é contribuir para os estudos sobre anticonsumo, buscando aprofundar o conhecimento sobre um grupo resistente a um determinado tipo de consumo: o de carne vermelha. Realizou-se uma pesquisa de natureza qualitativa baseada em entrevistas em profundidade com pessoas que não consomem carne vermelha. Os resultados permitiram identificar dois subgrupos de anticonsumidores. O primeiro obedece a motivações pessoais, como rejeição ao sabor da carne ou preservação da saúde. São pessoas que simplesmente não consomem por uma questão de escolha individual ou necessidade médica. Já as pessoas que pertencem ao segundo grupo obedecem a motivações variadas, que compreendem desde questões de saúde até aspectos filosóficos e religiosos, bem como preocupações sociais e ambientais. Várias relataram adotar outras práticas de restrição de consumo voltadas para o respeito ao planeta e aos animais. Esse resultado sugere que há um parentesco entre a resistência ao consumo de carne e o anticonsumo voltado para a preservação do planeta. DOI: 10.5585/remark.v12i3.2335Contemporary society is called the consumption-driven society or Consumer Society (Baudrillard, 1995; Bauman, 2008; Rochefort, 1995). One of the premises of this culture based on consumption is the accumulation of material goods as a source of fulfillment and happiness. However, several studies suggest that, once people meet their essential needs, the growth of consumption levels does not raise the feeling of happiness (Bauman, 2008; Shankar et al., 2006). One reaction to this dissatisfaction with the unreached promises of consumer-driven culture is the consumption resistance. The purpose of this paper is to contribute to the studies on anti-consumption, shedding light to a specific group: the red meat anti-consumption group. The research was based on in-depth interviews with people who do not consume red meat.  The results identified two anti-consumer subgroups. The first one obeys personal motivations and rejects the taste of meat or avoids it for medical reasons. These people made the individual choice not to consume meat for taste or medical reasons. People who belong to the second group have varied motivations that range from health issues to philosophical and religious issues, as well as social and environmental concerns. Several people reported adopting other practices of consumption constraint facing the planet and animals. This result suggests that there is a relationship between resistance to meat consumption and the anti-consumption focused on planet preservation

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