
Por muitos anos as pessoas com deficiência eram relegadas as camadas mais inferiores da sociedade. Em muitas culturas ter uma deficiência era sinônimo de estar doente, ser improdutivo e inválido. No decorrer dos anos estes indivíduos conquistaram direitos antes inimagináveis, como por exemplo, o direito a acessibilidade em qualquer ambiente de consumo. Assim, com uma abordagem qualitativa do tipo descritiva e através da análise do discurso de vinte e três entrevistas semiestruturadas, este trabalho pode identificar as ações de acessibilidade em meios hoteleiros, principalmente no tocante a dimensão atitudinal e programática, assim como verificar sua implantação na visão dos gestores hoteleiros e das pessoas com deficiência física consumidoras deste serviço. Para tanto, observou-se que os gestores entrevistados sempre atrelam as dimensões de acesso tão somente às questões estruturais do hotel. Já os consumidores com deficiência, na maioria dos discursos, ligam a acessibilidade principalmente ao direito ir e vir. Diante disso, infere-se que esta pesquisa se mostra fundamental tendo em vista que estas pessoas com deficiência física são consumidoras e tem o direito ao acesso em todos os ambientes, inclusive o serviço turístico.