
Vulnerabilidades socioambientais associadas à implantação de rodovias às margens do reservatório de abastecimento público da Represa de São Pedro, Juiz de Fora, Minas Gerais
Author(s) -
Cézar Henrique Barra Rocha,
Renata Lopes Duarte,
Ramon Octaviano de Castro Matoso,
Lucas Do Vale Souza,
Fábio Jacob da Silveira,
Micael Marlon de Moraes Machado
Publication year - 2022
Publication title -
revista de gestão ambiental e sustentabilidade
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
SCImago Journal Rank - 0.111
H-Index - 1
ISSN - 2316-9834
DOI - 10.5585/geas.v11i1.19805
Subject(s) - humanities , geography , art
Introdução: uma das principais formas de ocupação da terra, e que gera graves impactos aos corpos hídricos, é a implantação de rodovias próximas a esses sistemas.Objetivo: identificar os impactos socioambientais associados a dois eventos: obras de duplicação da BR-040 (em 2007) e de implantação da BR-440 (entre 2010 e 2020), às margens do manancial de abastecimento público da Represa de São Pedro, em Juiz de Fora (MG).Metodologia: foi realizada uma revisão de dados presentes em artigos científicos, da mesma área de estudo, os quais utilizaram o Índice de Conformidade ao Enquadramento (ICE), a fim de avaliar a qualidade da água desse manancial, enquadrado como classe 1. Foram realizadas ainda análises de dados de parâmetros de qualidade, disponibilizados pela CESAMA, e acompanhamentos periódicos, entre os anos de 2006 e 2017, da evolução desses empreendimentos às margens da represa, a partir dos quais foi possível levantar materiais para análises de consequências associadas.Resultados: a partir dessa série de dados, observou-se que os eventos citados causaram diversos prejuízos ao meio socioambiental, como supressão de vegetação ciliar, assoreamento do corpo hídrico, compactação e contaminação do solo, aterramento de nascentes e desvio de suas águas. Como consequência, os ICE observados nesses períodos foram os piores, o que indica péssima qualidade da água para abastecimento.Conclusão: foi possível perceber a capacidade de aumento do volume de água tratado na ETA em até 2 vezes, o que diminuiria os riscos associados ao desabastecimento do município em épocas de seca.