Organizações Não Governamentais, Jovens Pobres e Educadores Sociais nas Cidades

Trata-se da análise das práticas de educadores sociais no interior de duas Organizações Não Governamentais - ONGs - numa grande cidade do estado de São Paulo, atuantes no campo da educação e da assistência social, que se dedicam ao trabalho preventivo com jovens em situação de vulnerabilidade social, no período contrário ao escolar. Trabalhou-se com observação participante e entrevistas semi-estruturadas, sendo que o conjunto desse material foi analisado com base nas seguintes categorias: o papel das ONGs/Terceiro Setor na sociedade contemporânea, a condição atual da juventude pobre e urbana, a educação e o educador social. Conclui-se que as práticas educativas que ocorrem nos espaços estudados podem favorecer, no microssocial, de maneira individualizada, ampliações das redes sociais de suporte dos jovens pobres. Contudo, as ONGs, na estrutura social em que estão inseridas, reproduzem suas desigualdades sociais, econômicas e políticas, operam na lógica do assistencialismo, contribuindo para a manutenção do status quo.