
Da Copa, da Copa, da Copa eu abro mão!
Author(s) -
Gabriel Conte,
Caroline Prüss,
Eduardo Borba Neves
Publication year - 2014
Publication title -
revista chão da escola
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1980-4679
pISSN - 2764-9474
DOI - 10.55823/rce.v12i12.88
Subject(s) - political science , humanities , art
Assim começa uma das principais palavras de ordem proclamada em diversas manifestações e greves de trabalhadores e estudantes dos últimos anos em nosso país. Em especial daqueles que reclamam suas pautas diretamente ao poder público, sejam eles trabalhadores empregados nos diversos âmbitos do Estado, estudantes das escolas e universidades públicas, ou aqueles milhões de trabalhadores e estudantes que foram às ruas em junho de 2013 numa explosão de reivindicações por melhores condições de vida, clamando por transporte, saúde e educação. Não à toa, um grito que se repetiu nas bocas da classe trabalhadora no Brasil nesses últimos anos, refere-se a um evento de grandes proporções que parece ter roubado/desviado verbas públicas que poderiam ser usadas para resolver problemas mais importantes de nossas vidas: a Copa do Mundo. Depois de um Pan Americano e da Copa das Confederações de Futebol, o Brasil sediou este ano o mais importante evento do futebol mundial, a Copa do Mundo da FIFA. E, diferente do que se imaginava, com sucesso, do ponto de vista dos torcedores e dos promotores desse tipo de evento. Além disso, daqui a dois anos vai sediar as Olimpíadas de Verão, ou como nós brasileiros a conhecemos, as Olimpíadas. A população em geral, seja a grande massa trabalhadora, seja a pequena burguesia e até mesmo os grandes empresários – a burguesia de fato – comemora a vinda desses eventos para o Brasil. Os trabalhadores comemoraram e torceram por suas seleções, mas num clima menos festivo que nas copas anteriores. A contradição que se expressou em junho do ano passado, não foi totalmente esquecida.