
Determinação de limiares para a precipitação mensal das regiões homogêneas da Paraíba usando quantis
Author(s) -
Eduardo Almeida da Silva,
José Ivaldo Barbosa de Brito,
Carmem Terezinha Becker,
Enilson Palmeira Cavalcanti,
Tiago Bentes Mandú,
Ingrid Paloma Carneiro de Lima
Publication year - 2022
Publication title -
revista brasileira de climatologia
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2237-8642
pISSN - 1980-055X
DOI - 10.55761/abclima.v30i18.14780
Subject(s) - physics
O objetivo do presente trabalho foi construir réguas quantílicas para o monitoramento dos quatro meses mais chuvosos (quadra chuvosa) das regiões pluviometricamente homogêneas do estado da Paraíba (Litoral, Brejo, Agreste, Cariri/Curimataú, Sertão e Alto Sertão). Foram utilizados dados mensais de precipitação da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (AESA) de 1994-2019 (26 anos). Os limiares se basearam nas categorias de classificação: muito seco, seco, normal, chuvoso e muito chuvoso, de acordo com os quantis Q0,15, Q0,35, Q0,65 e Q0,85 (mm/mês). Observou-se que o quadrimestre mais chuvoso nas regiões do Alto Sertão e Sertão é de janeiro a abril, o que difere da literatura que descreve, para estas regiões, quadra chuvosa de fevereiro a maio. Na região do Cariri/Curimataú o quadrimestre mais chuvoso foi de fevereiro a maio e nas regiões do Agreste, Brejo e Litoral de abril a julho, concordando com o que tem sido divulgado na literatura. Por outro lado. Finalmente, como evento teste, foi realizado o monitoramento da precipitação ocorrida no quadrimestre (fevereiro a maio) de 2019, pois é um ano e quadrimestre que dispõe de uma quantidade maior de informações, como, como por exemplo, imagens de satélites e campos de vento. Observou-se que as regiões do Alto Sertão, Sertão e Cariri/Curimataú apresentaram quadrimestre chuvoso, totais de precipitação entre os quantis Q0,65 e Q0,85, enquanto, Agreste, Brejo e Litoral seguem um padrão de normalidade, com chuvas entre Q0,35 e Q0,65. Também se verificou que as precipitações ocorridas neste período foram decorrentes da atuação de Vórtices Ciclônicos de Altos Níveis, Zona de Convergência Intertropical, Distúrbios Ondulatórios de Leste e Sistemas Frontais.