
Processos formativos no ensino superior e políticas públicas de diversidade sexual
Author(s) -
Izaque Machado Ribeiro,
Jorge Cunha
Publication year - 2015
Publication title -
revista acadêmica licenciaandacturas
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2525-5754
pISSN - 2318-5252
DOI - 10.55602/rlic.v3i1.69
Subject(s) - queer , humanities , sociology , philosophy , gender studies
Neste artigo, procuramos analisar o(s) lugar(es) ocupados pela diversidade sexual nas políticas brasileiras voltadas à Educação Superior e seus possíveis desdobramentos no curso de Psicologia de uma universidade localizada no interior do Rio Grande do Sul. Nossa indagação principal parte da constatação do número expressivo (em quantidade e importância) de planos e programas voltados à diversidade sexual, onde questionamos quais os possíveis desdobramentos desses planos e programas nos projetos pedagógicos dos cursos de graduação brasileiros e, especificamente, no curso de Psicologia. E ainda mais, que efeitos essa “ausência” produz nos sujeitos inseridos em processos formais de educação, como isso reverbera nas chamadas “práticas psi”? Por fim, qual o papel das/os docentes enquanto agentes desse processo formativo? Como pano de fundo teórico-metodológico, utilizamos autoras/es que operam com a Teoria Queer e também com a pesquisa intervenção. Dividimos o texto em dois eixos argumentativos: no primeiro, abordaremos o contexto atual de inserção da temática Diversidade Sexual na formação superior (em geral) e na Psicologia. Para isso, partiremos do estudo de alguns trabalhos acadêmicos sobre o assunto, assim como da leitura das principais políticas governamentais sobre LGBT e a relação com a Educação Superior. O segundo eixo – o qual entendemos estar ligado intimamente ao primeiro, constatada a pouca inserção da temática Diversidade Sexual na formação em Psicologia (na universidade onde trabalho) – tratará da constituição e dos efeitos produzidos por um grupo formado por professores e estudantes, o Coletivo TRANSEX – Transvalorando Sexualidade(s). Por fim, sem o intuito de esgotar a discussão, trataremos de apontar algumas “aberturas” no debate sobre a diversidade sexual na formação acadêmica. Acreditamos que as experiências aqui relatadas poderão ajudar a refletir sobre as lacunas dos processos de formação em uma área tão importante como a Psicologia, assim como evidenciar a importância de uma formação para a diversidade que transborde os muros da universidade.