
Avaliação da função sexual em mulheres sobreviventes do câncer de mama.
Author(s) -
Thiago Rosendo Santos Miranda,
Thiago Rosendo Santos Miranda,
Vanessa De Souza Ferraz,
Gláucia Helena Gonçalves,
Ana Beatriz Gomes de Souza Pegorare
Publication year - 2021
Publication title -
perspectivas experimentais e clínicas, inovações biomédicas e educação em saúde
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2594-9888
DOI - 10.55028/pecibes.v7i2.14867
Subject(s) - medicine , gynecology
Introdução: O câncer de mama é uma patologia crônica degenerativa, que afeta mulheres ao redor de todo o mundo. Os avanços da ciência têm permitido diagnósticos precoces, fato que tem contribuído para aumentar a taxa de sobrevida. Porém, a doença e seu tratamento geram repercussões na saúde dos pacientes, especialmente sobre a sexualidade feminina. Objetivo: Avaliar a sexualidade de mulheres submetidas ao tratamento do câncer de mama, provenientes do Hospital do Câncer Alfredo Abrão (HCAA) com diagnóstico nos últimos dois anos. Material e métodos: Estudo transversal (aprovado em Comitê de Ética sob o número 20615819.2.0000.0021 em 01 de novembro de 2019), no qual as mulheres foram avaliadas através do Female Sexual Function Index (FSFI), um instrumento traduzido e validado para a língua portuguesa, que permite realizar uma análise da função sexual. Composto por 19 questões, agrupadas em 6 domínios: excitação e desejo sexual, lubrificação vaginal, orgasmo, satisfação sexual e dor. O escore final é graduado de 2 a 36 e quanto menor o valor, pior é considerada a função sexual da paciente. Resultados: Foram avaliadas 17 mulheres, com idade média de 59,7 ± 9,53 anos. Todas foram submetidas ao procedimento de mastectomia radical, 52,94% realizaram hormonioterapia, 94,11% não praticavam etilismo ou tabagismo. Quanto às outras comorbidades, 52,94% indicaram possuir patologias concomitantes ao câncer, enquanto 88,23% não desenvolveram metástase após o tratamento. Dessas mulheres 70,58% tem disfunção sexual (score< 25.5) As médias do escore total foi = 16,42±10,9 pontos mediana 17,4 (22,9) pontos. Dentre os domínios, o orgasmo obteve menor média (2,3±2,28), significando pior resultado, seguido do domínio lubrificação (2,47±2,09) e excitação (2,48±1,92). Conclusão: O estudo evidenciou que entre mulheres com câncer de mama disfunções sexuais são muito comuns, as queixas que mais se destacaram foram a habilidade de alcançar o orgasmo, a lubrificação vaginal e o grau de excitação quanto a relações sexuais.
Palavras-chave: Sexualidade; Neoplasia da mama; Modalidades de Fisioterapia