
Incongruências entre a atual PNA, BNCC e pesquisas na área de alfabetização no Brasil
Author(s) -
Suzana Lopes de Albuquerque,
Amanda de Andrade Costa
Publication year - 2021
Publication title -
perspectivas em diálogo
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2358-1840
DOI - 10.55028/pdres.v8i17.12011
Subject(s) - context (archaeology) , humanities , literacy , sociology , pedagogy , political science , philosophy , history , archaeology
A Secretaria de Alfabetização (SeAlf) do Ministério da Educação tem silenciado pesquisas científicas realizadas no âmbito das universidades brasileiras em diferentes níveis de formação de professores a partir da Política Nacional de Alfabetização (PNA).Este artigo objetiva analisar as incongruências na proposta de alfabetização na PNA com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). A Política Nacional de Alfabetização foi criada no ano de 2019 apresentando impactos já no início de 2020 por meio de propagandas midiáticas de programas como Tempo de Aprender (2020), Literacia familiar (2019), dentre outros que se fundamentam nessa política. A PNA apresenta muitas características marcantes, destacando rigorosamente e repetidamente o processo de alfabetização norteado por ciências cognitivas advindas de um contexto internacional com a primazia do método fônico. Na PNA, a literacia emergente e literacia familiar substituem o termo letramento apresentando uma promessa de alterar os resultados negativos nas estatísticas apresentadas no documento sobre o contexto do processo de alfabetização no país. O objetivo desse escrito é apresentar as incongruências, no sentido de contradições, desta política com a proposta de alfabetização e letramento que comparece na Base Nacional Comum Curricular (2018), buscando apresentar que tais incongruências implicam em diferentes concepções de sujeito, homem e sociedade, vislumbrando diferentes projetos de formação desses sujeitos.