
Evolução do abate de suínos em Santa Catarina (2013/2018): entre a consolidação e a concentração agroindustrial
Author(s) -
Alexandre Luís Giehl,
Márcia Mondardo
Publication year - 2020
Publication title -
revista catarinense de economia
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2527-1180
DOI - 10.54805/rce.2527-1180.v2.n2.37
Subject(s) - agricultural science , humanities , biology , art
A suinocultura é uma das principais atividades agropecuárias de Santa Catarina. Contudo, nas últimas décadas percebe-se uma retração na sua abrangência social, tanto no setor primário quanto no segmento industrial. Este artigo busca analisar a concentração e evolução do setor de abate de suínos em Santa Catarina entre os anos de 2013 e 2018. Verificou-se que o número de frigoríficos caiu 23,9%, com maior variação os que possuem inspeção municipal (-43,3%). Os frigoríficos com SIF foram responsáveis por 88,5% dos suínos abatidos em 2018, e os com SIE e SIM representaram 11,2% e 0,4%, respectivamente. Os frigoríficos que abateram mais de 1 milhão de animais por ano responderam por 13,0% dos abates em 2013 e 34,8% em 2018, enquanto os com menos de 10 mil suínos passou de 3,3% para 1,2%. Em 2018, os quatro maiores grupos empresariais ou cooperativas responderam por 78,7% dos animais abatidos. Conclui-se que a agroindústria suinícola catarinense possui elevado grau de concentração. Esse modelo possibilitou ganhos de eficiência, mas, resultou na exclusão dos segmentos que não atenderam as exigências de um mercado altamente competitivo.