Agroecologia e Produção Ativa da Escala: princípios para a soberania alimentar – o caso da Gleba XV de Novembro

Na agricultura convencional, o sistema alimentar tem o seu funcionamento atrelado à intensa utilização de insumos e equipamentos industrializados. Para a comercialização, este sistema prioriza a quantidade em detrimento da diversidade, o que projeta a crônica dependência em relação aos atravessadores. Nesse contexto, os conceitos de agroecologia e produção ativa da escala trazem em si a perspectiva de emancipação. Assim, este artigo tem por objetivo analisar a relação entre os conceitos de agroecologia e a produção ativa da escala na construção de um sistema alimentar alternativo, voltado ao fortalecimento do direito de todos os países/comunidades ao controle da própria alimentação, de acordo com o conceito de soberania alimentar. Para isso, realizamos inicialmente uma revisão bibliográfica acerca dos principais conceitos utilizados. Em seguida, para compreender a relação entre produção e distribuição na perspectiva aqui adotada, apresentamos também um estudo de caso. Não obstante as adversidades existentes, a prática agroecológica atrelada à iniciativas de construção ativa da escala de comercialização abre as portas para a construção de outro sistema alimentar. Portanto, mais importantes que os resultados imediatos, tais experiências mantém vivas e atualizadas as esperanças por uma alimentação digna, acessível e emancipada.