O carste nos relatos da viagem de Spix e Martius ao Brasil no século XIX e o desenvolvimento do geoturismo

No século XIX, foram várias as viagens ao Brasil realizadas por naturalistas europeus que retrataram a paisagem cárstica e suas cavernas ao longo do trajeto. Tais descrições constituem um importante registro histórico e geográfico dessas paisagens, que podem ser utilizados como um dos recursos para se desenvolver o geoturismo nessas regiões. Esse segmento propõe tornar mais acessível ao visitante o conhecimento geológico relacionado a um geossítio com o objetivo de utilizá-lo como ferramenta de interpretação e educação ambiental, bem como promover a preservação do patrimônio abiótico. Sendo assim, o presente trabalho busca fornecer uma visão geral das descrições realizadas por Spix e Martius relacionadas ao carste e às cavernas durante a sua viagem pelo Brasil, entre 1817 a 1820. Além disso, busca-se fazer uma reflexão sobre o potencial para o desenvolvimento do geoturismo em áreas mencionadas pelos naturalistas. Os resultados apontaram que essas descrições e a própria visita de Spix e Martius ainda não são utilizadas como recursos para o uso geoturístico, mas têm potencial para serem utilizadas como uma estratégia de marketing, por exemplo, para despertar o interesse dos visitantes.