
A Aids no cinema: uma análise do regime de imagéité no longa-metragem experimental Blue
Author(s) -
Thiago Henrique Ramari
Publication year - 2020
Publication title -
domínios da imagem
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2237-9126
pISSN - 1982-2766
DOI - 10.5433/2237-9126.2020v14n27p336
Subject(s) - humanities , human immunodeficiency virus (hiv) , movie theater , art , sociology , philosophy , art history , medicine , family medicine
Este artigo analisa o longa-metragem experimental Blue (1993), do realizador britânico Derek Jarman (1942-1994), a partir do conceito de regime de imagéité, proposto por Rancière (2012). Metodologicamente baseado em análise fílmica e revisão bibliográfica, este estudo investiga a relação entre dois elementos fílmicos da obra de Jarman: a tela preenchida pela cor International Klein Blue (IKB) e a narração de frases autobiográficas que contêm o vocábulo blue, na formulação de imagens que abordem, de maneira antirreducionista, a vida de pessoas que vivem com HIV/Aids. Como resultado, observa-se que, quando a narração menciona o vocábulo blue, o espectador elabora, por meio de um gesto de interpretação, uma imagem mental que é imediatamente assumida pelo IKB onipresente na tela, favorecendo uma abordagem ampla sobre a vida com HIV/Aids e, consequentemente, lançando um olhar crítico à maneira como o cinema comercial costuma tratar o tema.