
Línguas adicionais na escola- da zona de diferença à zona de transformação
Author(s) -
Ana Cecília da Gama Torres,
Maria Inêz Probst Lucena
Publication year - 2017
Publication title -
signum. estudos da linguagem
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2237-4876
pISSN - 1516-3083
DOI - 10.5433/2237-4876.2017v20n1p167
Subject(s) - humanities , political science , philosophy
Resumo: No presente artigo argumentamos que os tradicionais estereótipos referentes ao aprendiz de línguas, como a denominação de falante não nativo, os estigmas em relação à língua adicional emergente e os estilos de avaliação que enfocam apenas conteúdos e habilidades sem considerar as múltiplas experiências dos educandos podem obscurecer as práticas de linguagem que, ao surgirem localmente, quando reconhecidas, têm o potencial de tornar-se recursos para a organização da aprendizagem e para ampliar as formas de participação nas várias esferas da lida cotidiana. Importa esclarecer que qualquer possibilidade de ampliação é mediada por comunicações localmente situadas e que estão abertas a interpretações. Entendemos que, em uma língua adicional, as pessoas teriam sim possibilidades de lançar mão de práticas de linguagem “diferenciadas” para participar de experiências com a língua emergente e, assim, alcançar seus objetivos sociais. Concluímos que deixar de reconhecer a riqueza da heterogeneidade que surge localmente é um grande prejuízo, porém reconhecê-la e interpretá-la em tempo real não é uma aspiração trivial.