Introdução: Uma reflexão histórica sobre a natureza do campo da organização do conhecimento e da informação que desloca o foco de uma leitura tradicional da história de bibliotecas e bibliotecários em busca de um quadro crítico e comparativo das lógicas de mediação informacional
Objetivo: Percorrer um itinerário de estudo que se desenrola entre fontes mais ou menos conhecidas, quais a Bibliotheca Universalis de Gesner e o Reformed Librarie-Keeper de John Dury, propondo sua leitura e, às vezes, releitura, que revela etapas e momentos significativos na construção e no desenvolvimento das idéias que se produziram e materializaram em formas de procedimentos bibliográficos e biblioteconômicos voltados à mediação.
Metodologia: Uso de fontes e revisão crítica de literatura.
Resultados: O século XIX revela um afastamento de uma linha de raciocínio que envolve os bibliotecários e suas produções bibliográficas como construção colaborativa com os usuários em suas pesquisas e recuperação, lá onde os século XVI e XVII revelavam uma preocupação com as particularidades do sujeito conhecedor, mas, em primeiro lugar, suas maneiras, formas de adquirir o conhecimento.
Conclusões: Os estudos biblioteconômicos, através do estudo do passado em que bibliotecas e bibliotecários se inserem em um tecido social e cultural de produção e circulação do conhecimento, podem desenvolver um percurso que, voltado para a organização da informação descobre o peso que ela possui como elemento fundamental da mediação.