
Este estudo teve o propósito de verificar a freqüência de sintomas músculo-esqueléticos em músicos da Orquestra Sinfônica da Universidade Estadual de Londrina. Participaram do estudo 45 músicos que responderam um questionário auto-aplicável, que trata dos seguintes aspectos: dados pessoais, atividades profissionais, sintomatologia relacionada ao trabalho, tratamento realizado e conseqüências da sintomatologia. Para a análise das variáveis, foram utilizados o Teste de qui-quadrado com correção de Yates e o Teste de Fisher. Dos 45 músicos estudados, 82,2% constituíram-se indivíduos do gênero masculino e com uma média de idade de 39,56 anos. Do total de músicos pesquisados, 77,8% relataram apresentar sintomas músculo-esqueléticos nos últimos doze meses e 71,1% nos últimos sete dias. As regiões anatômicas mais acometidas foram: ombros, coluna cervical, coluna dorsal e punhos e mãos. Verificou-se um maior predomínio de sintomatologia em músicos que tocam corda e sopro. Em decorrência da sintomatologia apresentada, 33,3% dos profissionais relataram ter perdido dias de trabalho. O presente estudo encontrou uma elevada prevalência de sintomas músculo-esqueléticos em músicos da OSUEL, com referência tanto aos últimos doze meses quanto aos últimos sete dias precedentes à auto-aplicação do questionário, principalmente na região de coluna e ombros. Esses sintomas podem estar relacionados às cargas físicas e emocionais da própria atividade profissional. Diante dos resultados encontrados, faz-se necessária a elaboração e implantação de estratégias para amenizar a carga de trabalho e evitar agravos.