Composição química e perfil de ácidos graxos do músculo Longissimus de bovinos de diferentes grupos genéticos alimentados com silagem de sorgo ou cana-de-açúcar e terminados com 3,4 ou 4,8 mm de espessura de gordura de cobertura
This study was carried out to evaluate the chemical composition and fatty acid profile of Longissimus muscle of cattle from three genetic groups (ZEB - Zebu, LIZ - Limousin vs. Zebu and ANZ - Angus vs. Zebu) fed sorghum silage + 1.0% of body weight of concentrate or sugar cane + 1.2% of body weight of concentrate and were slaughtered at one of two fat thickness levels (3.4 or 4.8 mm fat thickness). Were used 36 bulls with age 21 months and weighing 330 ± 44.0 kg finished in feedlot after 115 or 147 days. There were no differences in moisture content (74.09%), ash (0.99%), protein (21.61%), total lipids (1.69%) and total cholesterol (37.83 mg/100 g of muscle) among the genetic groups and diets. The Longissimus muscle of animals slaughtered at 3.4 mm of fat thickness had higher moisture content (75.40%) and ash (1.03%) when compared to slaughtered 4.8 mm (72.78 and 0.96%, respectively). Genetic groups LIZ showed higher concentrations of eicosapentaenoic acid (0.45%) and omega 3 (0.98%) compared to ZEB (0.18 and 0.62%, respectively) and ANZ (0.25 and 0.70%, respectively). The diet consists of sugar cane resulted in increased deposition of fatty acid palmitoleic (3.07%) in relation to diet composed of sorghum silage (2.57%). This result was obtained due to higher activity of the enzyme ?9desaturase C16 in animals fed with sugar cane. Sorghum silage increased the deposition of acid 22:4 n-6 (0.14%) compared to sugar cane (0.10%). The fat thickness levels of the carcasses had no effect on fatty acid composition, except for the ratio omega 6/omega 3. The slaughter of animals with 3.4 mm of fat thickness provided the best ratio omega 6/omega 3 (7.33 vs. 8.63). The chemical composition and fatty acid profile of Longissimus muscle of animals analyzed in this study show little variation in terms of genetic groups, diets and fat thickness levels.
Este trabalho foi realizado para avaliar a composição química e o perfil de ácidos graxos do músculo Longissimus de bovinos de três grupos genéticos (ZEB – Zebu; LIZ – Limousin vs. Zebu e ANZ – Angus vs. Zebu) alimentados com silagem de sorgo + 1,0% do peso vivo de concentrado ou cana-de-açúcar + 1,2% do peso vivo de concentrado, e abatidos em dois graus de acabamento (3,4 ou 4,8 mm de espessura de gordura de cobertura). Foram utilizados 36 bovinos com idade de 21 meses e peso médio inicial de 330 ± 44 kg terminados em confinamento após período de 115 ou 147 dias de alimentação. Não foram observadas diferenças (P > 0,05) nos teores de umidade (74,09%), cinzas (0,99%), proteína bruta (21,61%), lipídios totais (1,69%) e colesterol total (37,83 mg/100g de músculo) no músculo Longissimus entre os grupos genéticos e as dietas. O músculo Longissimus de bovinos abatidos com 3,4 mm de gordura de cobertura apresentou maior (P < 0,05) teor de umidade (75,40%) e cinzas (1,03%) quando comparado aos abatidos com 4,8 mm (72,78 e 0,96%, respectivamente). Bovinos do grupo genético LIZ apresentaram maiores concentrações (P < 0,05) de ácido eicosapentaenóico (0,45%) e ômega 3 (0,98%) em relação aos ZEB (0,18 e 0,62%, respectivamente) e ANZ (0,25 e 0,70%, respectivamente). A dieta composta por cana-de-açúcar resultou em maior (P < 0,05) deposição do ácido graxo palmitoléico (3,07%) em relação à dieta composta por silagem de sorgo (2,57%). Este resultado foi obtido em função da maior atividade da enzima ?9Dessaturase C16 nos bovinos alimentados com cana de açúcar. A silagem de sorgo proporcionou aumento (P < 0,05) na deposição do ácido 22:4 n-6 (0,14%) em comparação à cana de açúcar (0,10%). O grau de acabamento das carcaças não influenciou (P > 0,05) a composição dos ácidos graxos, com exceção para a razão ômega 6/ômega 3. O abate de bovinos com 3,4 mm de gordura de cobertura proporcionou melhor (P < 0,05) razão ômega 6/ômega 3 (7,33 vs. 8,63). A composição química e o perfil de ácidos graxos do músculo Longissimus de bovinos analisados neste estudo apresentam pouca variação em função dos grupos genéticos, dietas e graus de acabamentos