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Síndrome da pele escaldada estafilocóccica: revisão sobre uma doença rara
Author(s) -
Suelen Soares d'Ávila Silveira,
C. Nascimento,
Mônica Batista de Almeida
Publication year - 2022
Language(s) - Portuguese
Resource type - Conference proceedings
DOI - 10.54265/onov1869
Subject(s) - staphylococcus aureus , humanities , medicine , biology , philosophy , bacteria , genetics
A síndrome da pele escaldada estafilocócica é uma doença cutânea causada por toxinas esfoliativas produzidas por algumas cepas de Staphylococcus aureus que geralmente acometem neonatos, crianças e raramente adultos imunocomprometidos ou com doença renal crônica, tendo incidência entre 0,09 e 0,56 por milhão de habitantes. Esta revisão tem como objetivo atualizar o conhecimento sobre a doença e explicar como o Staphylococcus aureus e suas exotoxinas causam essa síndrome. Trata-se de uma revisão sistemática de artigos publicados com os seguintes critérios: publicações entre os anos de 2014 a 2021, que abordassem sobre síndrome da pele escaldada, toxinas esfoliativas e Staphylococcus aureus. Efetuou-se busca sistematizada abrangendo artigos de periódicos em línguas inglesa, espanhola e portuguesa indexados nas bases de dados: Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Electronic Library Online (SCIELO), National Library of Medicine (PUBMED). Foram analisados 52 artigos, sendo 20 avaliados na íntegra, 32 excluídos por não compreenderem os critérios de inclusão, sendo selecionados para elaboração da discussão nove artigos. O Staphylococcus aureus é um patógeno importante devido à sua variedade de fatores de virulência, entre eles, as toxinas. As duas exotoxinas ETA e ETB causam a doença por serem proteases que reconhecem e clivam as junções de queratinócitos e adesão entre as células causando o desprendimento da epiderme. A ação das toxinas pode ser localizada ou hematogênica. A ação localizada pode ser combatida pelos anticorpos antitoxinas do organismo do hospedeiro e a ação hematogênica é responsável pelo envolvimento cutâneo com vários focos e o desenvolvimento dos sintomas. Os indicadores para um diagnóstico precoce estão relacionados à parte clínica da doença que se manifesta com início súbito de febre, mal estar e irritabilidade, fraqueza e fadiga, evoluindo para a formação de bolhas com consecutivo desprendimento da epiderme (sinal de Nikolsky). Os exames complementares para fechar o diagnóstico incluem hemograma para contagem de leucócitos, proteína C reativa que se eleva em situações de processos inflamatórios infecciosos e não infecciosos, cultura periorificial e nasofaríngea que são mais prováveis de positivar, biópsia de pele e hemocultura, embora em pacientes pediátricos tenha baixa positivação devido à pequena quantidade de amostra e dificuldade na coleta. Diante desses fatos pode-se concluir que ainda existe a necessidade de uma maior atenção sobre o desenvolvimento e as consequências da síndrome. Pontua-se que o estudo aprofundado é imperativo para uma melhor compreensão sobre o tema, uma vez que as informações são pouco discutidas dificultando um estudo mais aprofundado. Um conhecimento mais amplo sobre a ação das toxinas ETA e ETB, além da importância em notificar os casos, seria interessante com o intuito de manter uma atualização constante dos dados para o desenvolvimento de estratégias de prevenção e treinamento para uma detecção do perfil específico da doença nos grupos vulneráveis. PALAVRAS-CHAVE: Síndrome da pele escaldada estafilocócica, Toxinas esfoliativas, Staphylococcus aureus

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