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A PSICOTERAPIA DE ORIENTAÇÃO PSICANALÍTICA COMO CAMINHO DE ESCUTA E ELABORAÇÃO DA VIVÊNCIA DO SUJEITO EM SOFRIMENTO PSÍQUICO
Author(s) -
Roxane Elaine de Freitas Gomes
Publication year - 2021
Language(s) - Portuguese
Resource type - Conference proceedings
DOI - 10.54265/mssv5976
Subject(s) - scielo , humanities , philosophy , subject (documents) , chemistry , computer science , biochemistry , medline , library science
A Psicanálise sempre foi pensada por Freud como um estudo não só do individual, mas também do coletivo por via da cultura. Como se sabe, a cultura é criada por homens, logo suas subjetividades e desejos são expressos e/ou reprimidos norteando os modos de vida dos sujeitos (onde se aplica a atuação do Superego). O sintoma não é percebido como doença a ser dissipada do sujeito (como preconiza a medicina). Pelo contrário, é parte da estruturação psíquica, subjetiva e inconsciente que revela o conteúdo recalcado. Principiar do ponto de que o diagnóstico não é o fim em si mesmo, mas é o ponto de partida para o enfrentamento da responsabilização sintomática do sujeito em análise apresenta-se a transferência e a associação livre revelando a falta que desvela o sintoma; vendo o sujeito como um organismo que, por via da análise e encontro com a falta do objeto desejante, possa elaborar a compreensão e tolerância ao adoecimento, buscando a cura por si mesmo. Foram pesquisados artigos em plataformas como SciElo, Conselho Federal de Psicologia, Portal de Periódicos CAPES, dentre outros, entre os anos 2014 e 2020; construindo uma revisão sistemática de literatura acerca do lugar de não-saber que o psicoterapeuta, de orientação psicanalítica, coloca-se para que o analisando se dê conta que também não sabe de si mesmo. Partir dessa premissa, surge a possibilidade da singularidade ocupar lugar na fala do paciente, sem pré-conceitos e/ou preso a hipóteses diagnósticas; existe o processo de transferência e sustentação da demanda. O setting terapêutico é um espaço que deve abrir caminhos para que o inconsciente do analisando venha a cena. A experiência do analista e analisando dentro do setting terapêutico se dá por uma postura do analista baseada em ética, sigilo e atenção flutuante. Porém se convoca ao analisando também que elabore sua fala por via da associação livre e a transferência. Esses movimentos se estabelecem por via da oralidade e escuta sem julgamentos, tanto de quem verbaliza quanto de quem ouve. A busca pela verdade do que as coisas são, para o analisando, e a superação do sintoma e seus conflitos aliado as elaborações de suas neuroses por meio da escuta analítica propicia o que se entende por cura. Essa possibilidade de não ser uma teoria rígida em suas matrizes teóricas, e adaptativa as nuances históricas e culturais, lança um novo modo de compreender a análise. Mais vinculada a experiência e menos a medicina; o paciente passa a ser visto e chamado de sujeito. PALAVRAS-CHAVE: Clínica, Diagnóstico, Psicanálise, Relacão Terapêutica

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