
A RELAÇÃO ENTRE A MICROBIOTA INTESTINAL E A OCORRÊNCIA DE NEOPLASIAS DO TRATO GASTROINTESTINAL
Author(s) -
Maria Gabriela Prandini Nunes Cota,
Luis Felipe Malaquias Ferreira
Publication year - 2022
Language(s) - Portuguese
Resource type - Conference proceedings
DOI - 10.54265/jnco9736
Subject(s) - gastrointestinal tract , medicine , digestive tract , gastroenterology
INTRODUÇÃO: A microbiota intestinal se relaciona simbioticamente e desempenha funções essenciais à homeostase humana, sobretudo do ponto de vista imunopatológico, sendo a sua composição influenciada pelo estilo de vida e dieta do indivíduo. Há indícios que o desequilíbrio da microbiota intestinal estaria relacionado ao desenvolvimento de neoplasias do trato gastrointestinal (TGI) OBJETIVO: Identificar a relação entre a microbiota intestinal e a ocorrência de neoplasias do TGI. MÉTODOS: revisão narrativa nas bases PubMed e LILACS com os seguintes descritores: “gastrointestinal tract”, “câncer”, e “microbiota”. RESULTADOS: A carcinogênese de neoplasias do TGI relaciona-se à fatores genéticos, ambientais e comportamentais. O aumento do consumo de produtos industrializados, que alteram a microbiota intestinal, está relacionado a um concomitante aumento da incidência de neoplasias do TGI. Esse efeito relaciona-se à uma diminuição de microrganismos importantes para a homeostase e a proliferação de agentes como H. pylori e Fusobacterium nucleatum. A disbiose gera um ambiente próinflamatório, por meio da maior produção de ácidos graxos de cadeia curtas e toxinas como a 4-hidroxi-2-nonenal, que relaciona-se à desregulação do inflamassoma e dos genes de supressão de células tumorais, predispondo mecanismos carcinogênicos. Do contrário, alguns estudos indicam um possível efeito protetor de microbiotas equilibradas na prevenção e melhor prognóstico dessas neoplasias. CONCLUSÃO: As evidências atuais sugerem um papel protetor de uma microbiota diversificada e equilibrada em prevenir neoplasias TGI, bem como o efeito nocivo da disbiose sobre a carcinogênese. Estudos prospectivos mais abrangentes ainda são necessários para especificar tais efeitos e promover medidas profiláticas e terapêuticas. PALAVRAS-CHAVE: Microbiota, Neoplasias, Trato Gastrointestinal