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Esporotricose conjuntival em um gato: Relato de caso
Author(s) -
Daniel Oliveira Ribeiro,
Alline Laufer,
Alexandre Luiz Pereira
Publication year - 2022
Language(s) - Portuguese
Resource type - Conference proceedings
DOI - 10.54265/jdkk7925
Subject(s) - medicine , anatomy , humanities , philosophy
A esporotricose é uma infecção causada pelo fungo dimórfico Sporothrix schenckii, que infecta tanto seres humanos quanto diversas espécies animais, possuindo um caráter zoonótico importante em regiões endêmicas. A espécie felina é descrita como uma importante fonte de infecção, visto que podem carrear o fungo em suas unhas e cavidade oral. A infecção mais comum é por meio da inoculação traumática por meio de arranhões, mordidas ou penetração de material contaminado com o fungo, causando geralmente lesões cutâneas, apesar de haver outros tipos de manifestações clínicas. A manifestação desta infecção na conjuntiva ocular foi raramente relatada na medicina veterinária e representa um risco à integridade das estruturas oculares e à visão. Este trabalho objetiva relatar um caso de esporotricose de acometimento conjuntival em uma gata. As informações contidas neste relato foram obtidas por meio de uma avaliação oftalmológica, coleta de material e envio para análise citopatológica e cultura fúngica. Foi atendido em um consultório oftalmológico em Foz do Iguaçu - SC um felino fêmea, sem padrão racial definido, de 10 anos de idade, 3,8 kg, com histórico de surgimento de lesões cutâneas perioculares crostosas no olho esquerdo, hiperemia e tumefação palpebral e proliferação de tecido exuberante na conjuntiva inferior com aspecto granulomatoso, com epistaxe e linfonodomegalia submandibular ipsilaterais à lesão. Foram identificadas úlceras dendríticas bilateralmente após a coloração com colírio rosa bengala 1%. Foi realizada coleta da secreção presente no saco conjuntival do olho esquerdo com o auxílio de um swab e enviado para análise citopatológica, que identificou processo inflamatório crônico com presença de estruturas leveduriformes, e cultura fúngica, que apresentou crescimento de Sporothrix schenckii, concluindo o diagnóstico de esporotricose conjuntival. Considerando que a gata estava em terço final de gestação no momento da consulta, inicialmente foi receitado colírio para lubrificação ocular a base de hialuronato de sódio 0,15% quatro vezes ao dia, colírio antibiótico a base de tobramicina 0,3% quatro vezes ao dia e higienização facial com shampoo neutro. Após o nascimento dos filhotes foi iniciado o uso do antifúngico itraconazol 100 mg por via oral uma vez ao dia até 30 dias após haver melhora completa das lesões. Com 50 dias de uso da medicação foi reportada cicatrização das lesões cutâneas e ausência de alterações conjuntivais. Estudos que demonstram as diferentes apresentações clínicas associadas ao Sporothrix schenckii são importantes para a descrição destas lesões, compreensão da patogênese do fungo e consideração dele como um diagnóstico diferencial, especialmente em regiões endêmicas, permitindo medidas profiláticas e terapêuticas precoces. PALAVRAS-CHAVE: Esporotricose, Conjuntiva, Gatos, Sporothrix schenckii

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