Violências contra as mulheres: consequências de uma sociedade patriarcal e racista?

Combater as violências contra as mulheres tem sido um grande desafio para a sociedade. No Brasil, os dois institutos legais que regulam a proteção e prevenção da violência doméstica e familiar contra as mulheres são: a Lei Maria da Penha, lei nº 11.340/2006 e a Lei de Feminicídio, lei nº 13.104/2015. Passados 15 anos da promulgação da Lei Maria da Penha, o país ainda se encontra entre os dez primeiros no ranking de países onde os homens mais matam as mulheres. Este artigo tem como escopo tecer considerações sobre as questões de gênero pontuando as consequências advindas dos sistemas patriarcais e racistas relacionadas às violências contra as mulheres. Utiliza o método de pesquisa exploratória de abordagem qualitativa e descritiva com suporte de dados quantitativos com base em aportes teóricos. Ressalta a importância do enfrentamento às práticas patriarcais e racistas como forma de fortalecer a luta feminista no combate às violências impostas às mulheres e o feminicídio. Conclui que o problema da violência doméstica e sexual requer mais que a aplicabilidade de leis e ressalta que o que está por trás dessas violências tem a ver com a manutenção de práticas comportamentais machistas, patriarcais e racistas que ainda estão presentes em nossa sociedade.