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INVESTIGAÇÃO CLÍNICO-LABORATORIAL DE INFECÇÃO POR POLIOMAVÍRUS EM TRANSPLANTE RENAL
Author(s) -
Juliana Montagner,
Tatiana Michelon,
Roberto Moreira Schroeder,
Alexandre Tavares Duarte de Oliveira,
Janaina Silveira,
Márcia Silveira Graudenz,
Cláudio Osmar Pereira Alexandre,
Jorge Neumann
Publication year - 2006
Publication title -
brazilian journal of transplantation
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2764-1589
DOI - 10.53855/bjt.v9i1.355
Subject(s) - medicine , kidney transplant , gynecology , kidney , kidney transplantation
Centros que trabalham com transplantes freqüentemente deparam-se com infecções oportunistas. Infecções deste tipo são causa de morbi- mortalidade em pacientes imunodeprimidos e, por isso, dependem de ferramentas específicas para o seu diagnóstico. Considerando-se que a prevalência de infecções latentes pelos vírus da família dos poliomavírus, especialmente o BKV, é alta e que o sítio de latência de alguns vírus dessa família é o próprio tecido renal, os pacientes submetidos a um transplante de rim são especialmente vulneráveis aos danos de uma eventual reativação viral durante a imunossupressão profilática e terapêutica. O BKV tem sido associado ao desenvolvimento de estenose ureteral, levando à uropatia obstrutiva, ou à Nefropatia associada ao BKV (BKN), que resulta em disfunção progressiva e perda do enxerto, freqüentemente confundidas com processo de rejeição. Portanto, a suspeita clínica e a possibilidade de se realizar o diagnóstico definitivo e precoce de uma infecção por BKV é fundamental para se definir a sua terapêutica e prognóstico. O conhecimento da biologia viral, da fisiopatologia das doenças causadas por BKV e da eficácia diagnóstica dos diferentes testes laboratoriais disponíveis, permite a definição da melhor estratégia para o diagnóstico precoce das infecções por BKV e a monitorização das terapias específicas. O esquema proposto nesta revisão, para a investigação laboratorial em pacientes de risco e de monitorização da resposta ao tratamento em pacientes com doença comprovada por BKV, considera aspectos clínicos e laboratoriais, que facilitam o manejo destas infecções. Da mesma forma, os testes laboratoriais são hierarquizados considerando-se a sensibilidade, especificidade e complexidade técnica.

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