
INFECÇÃO URINÁRIA PÓS-TRANSPLANTE RENAL E USO DE CATETER URETERAL DUPLO J
Author(s) -
Cláudia Maria Costa de Oliveira,
João Batista Gadelha de Cerqueira,
Daniela Costa de Oliveira Santos,
Márcia Uchoa Mota,
Silvana Albuquerque Andrade,
Evelyne Santana Girão,
Leyla Castelo Branco Fernandes Marques,
Wilson Mendes Barroso,
Ailson Gurgel Fernandes,
Paula Castelo Branco Camurça Fernandes,
João Evangelista Júnior
Publication year - 2011
Publication title -
brazilian journal of transplantation
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2764-1589
DOI - 10.53855/bjt.v14i4.214
Subject(s) - medicine , urology , renal transplant , gynecology , surgery , transplantation
Introdução: O uso de cateter ureteral duplo J na cirurgia de transplante renal tem sido associado à redução nas complicações urológicas, mas seu impacto na frequência de infecção do trato urinário (ITU) é variável. Objetivos: Determinar a frequência de ITU pós-transplante renal dos patógenos envolvidos, da utilização de cateter ureteral duplo J na população em estudo, bem como avaliar o impacto da utiliza- ção de cateter duplo J na frequência de ITU em receptores de Transplante renal. Métodos: Foram incluídos no presente estudo de coorte retrospectivo todos os receptores submetidos a transplante renal no Hospital Universitário Walter Cantídeo no período entre janeiro de 1998 a agosto de 2004, com pelo menos três meses de seguimento pós-transplante. A coleta dos dados foi realizada através de revisão dos prontuários e fichas de acompanhamento ambulatorial desde o transplante até o período final do seguimento. Foi avaliada a frequência de ITU, o tempo pós-transplante do diagnóstico da ITU, os principais patógenos envolvidos, a terapia utilizada para a ITU, a frequência do uso de cateter ureteral duplo J e da ocorrência da complicação de fístula urinária na população em estudo. Resultados: A frequência de ITU na população em estudo foi de 47%. Os principais patógenos identificados foram Klebsiella pneumoniae, Escherichia coli e Pseudomonas aeruginosa. Um cateter ureteral duplo J foi utilizado em 69% dos pacientes, com permanência média de 20 dias. O uso de cateter ureteral duplo J na cirurgia do transplante não teve impacto na frequência de fístula urinária, mas esteve associado a uma chance 2,98 vezes maior de desenvolvimento de ITU, quando comparado ao grupo que não utilizou duplo J. Conclusões: A incidência de ITU na população em es- tudo foi de 47%, Um cateter ureteral duplo J foi utilizado em 69% dos pacientes e não apresentou impacto na frequência de fístula urinária, mas esteve associado a uma chance 2,98 vezes maior de desenvolver ITU.