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DOAÇÃO DE ÓRGÃOS: OPINIÃO E ENTENDIMENTO SOBRE MORTE ENCEFÁLICA DE ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS
Author(s) -
Mateus Germano Scaglioni Tessmer,
Grégore Iven Mielke,
Franklin Corrêa Barcellos,
Bruna Pinheiro de Moraes,
Chiara Scaglioni Tessmer Gatto
Publication year - 2011
Publication title -
brazilian journal of transplantation
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2764-1589
DOI - 10.53855/bjt.v14i1.192
Subject(s) - humanities , philosophy , psychology
Objetivo: Identificar a prevalência de intenção de doar órgãos em uma amostra de estudantes universitários, definir quais são os principais motivos para não doação de órgãos e verificar o entendimento e aceitação sobre morte encefálica. Métodos: A amostra foi composta por 485 alunos ingressantes no ano de 2008. Avaliou-se a opinião dos estudantes sobre doação de órgãos utilizando perguntas sobre a intenção de serem doadores, os motivos para não doar e, também, duas perguntas iguais, com exceção da substituição da palavra morte por “morte encefálica”. Resultados: Dos indivíduos entrevistados 42,3% tinham menos de 20 anos. Sobre doação de órgãos 65,1% (n=311) dos estudantes responderam que tinham a intenção de doar seus órgãos após a morte. Entretanto, 40,2% (n=132) afirmaram não ter informado a qualquer parente sua intenção de doar. Segundo os estudantes, “desconhecimento do tema” é o principal o motivo para a não doação de órgãos post- mortem. A maioria dos respondentes (87,1%) autorizaria a doação dos órgãos de seu parente morto, se ele tivesse previamente declarado esse desejo. Entretanto, somente 60,3% autorizariam a doação de órgão de um familiar se o mesmo estivesse em morte encefálica. Caso o entrevistado desconhecesse a vontade do familiar sobre a doação de órgão somente 34% dos entrevistados autorizaria a doação. Conclusão: Quando foi utilizado o termo morte encefálica ao invés de morte a taxa de intenção de doação de órgão diminuiu 26% demonstrando a não aceitação por parte dos entrevistados do termo morte encefálica como sinônimo de morte. Assim, julgamos que um maior entendimento e aceitação sobre morte encefálica por parte dos universitários é necessário, tornando-os exemplos a serem seguidos pela população, medida esta que pode ser alcançada com introdução de conceitos básicos desse assunto em todos os cursos de graduação.  

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