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AS VIAGENS SÃO OS VIAJANTES: DIMENSÕES IDENTITÁRIAS DOS VIAJANTES NATURALISTAS BRASILEIROS DO SÉCULO XVIII
Author(s) -
Ana Lúcia Rocha Barbalho da Cruz
Publication year - 2002
Publication title -
história
Language(s) - English
Resource type - Journals
eISSN - 2447-8261
pISSN - 0100-6932
DOI - 10.5380/his.v36i0.2689
Subject(s) - humanities , art , portuguese , philosophy , linguistics
No século XVIII, cresce em Portugal, assim como nos demais países da Europa, o interesse pelas viagens de cunho científico. Estrategicamente, o governo português procura colocar a ciência a serviço do reconhecimento das potencialidades econômicas dos seus territórios coloniais e, com esse intuito, patrocina uma série de expedições exploratórias aos quatro cantos do Império. Muitos dos protagonistas dessas viagens do Século das Luzes são recrutados junto à intelectualidade acadêmica de Coimbra, da qual faz parte um número não desprezível de naturalistas brasileiros. A proposta deste artigo é destacar uma dentre as várias possibilidades de leitura dos diários de viagem, relatórios e memórias produzidos por esses cientistas. Ao registrarem suas impressões, eles acabam por falar de si, de suas experiências e das relações que estabelecem com os territórios visitados. Nesses termos, seus textos estão impregnados de momentos de autorepresentação nas várias dimensões que lhes são peculiares. A idéia de poder desvendar, através da leitura desses textos, algumas dessas instâncias identitárias, inspira a presente reflexão. Abstract In the 18th century, in Europe in general, and Portugal in particular, the interest in scientific journeys increases greatly. Strategically, the Portuguese government tries to place Science into the service of assessing the economic potentialities of its colonial territories, and, in order to do that, sponsors a number of exploratory expeditions to the four corners of the Empire. Many of the travelers in the century of the Enlightenment were recruited among the Coimbra scholars, to which a rather large number of Brazilian naturalists belonged. This article tries to set out one among many reading possibilities, of the journey logs and reports produced by these scientists. By recording their impressions, they end up writing about themselves, their experiences and the relations they establish in the territories visited. In such aspects, their texts are filled with self-representation in the several dimensions which are peculiar to them. The idea of being able to unfold, through the reading of such texts, some of these identity instances, has inspired this present reflection.

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