
MODELAGEM DE DADOS AEROMAGNÉTICOS PARA ESTIMAR LARGURA E ESPESSURA DO COMPLEXO MÁFICO/ULTRAMÁFICO DE CAMPO FORMOSO-BA
Author(s) -
Francisco José Fonseca Ferreira,
Raimundo Almeida Filho,
Francisco Valdyr da Silva
Publication year - 2003
Publication title -
boletim paranaense de geociências
Language(s) - English
Resource type - Journals
SCImago Journal Rank - 0.105
H-Index - 12
ISSN - 0067-964X
DOI - 10.5380/geo.v52i0.4199
Subject(s) - physics , humanities , geomorphology , geology , art
O complexo máfico/ultramáfico Campo Formoso, no estado da Bahia, é constituído por rochas metamórficas de alto grau, derivadas de peridotitos e piroxenitos do Proterozóico Inferior. Em superfície, ele estende-se por cerca de 40 km, com larguras variando entre 100 e 1.100 metros. A despeito de encerrar as mais importantes mineralizações de cromo conhecidas no Brasil, os conhecimentos geológicos sobre o complexo ainda são bastante limitados. O profundo intemperismo e a presença de coberturas aluviais e coluviais dificultam o mapeamento geológico dessas rochas. Estimativas sobre largura e espessura do complexo em subsuperfície são importantes, visto que, por tratar-se de um corpo estratiforme, níveis mineralizados em superfície podem prolongar-se até grandes profundidades. Neste estudo, dados aeromagnéticos são analisados visando a obter informações sobre a extensão do complexo em subsuperfície. Para isso, um método interativo de modelagem de corpos magnéticos tabulares por processo de inversão foi empregado em uma área selecionada, onde ocorrem alguns dos mais importantes depósitos de cromo conhecidos no complexo. A técnica de modelagem empregada permite o cálculo de parâmetros tais como mergulho, largura e espessura de corpos de geometria simples, magnetizados por indução, remanência, ou ambos. O algoritmo empregado usa valores iniciais para cada parâmetro do corpo a ser modelado, os quais podem ser modificados pelo analista, de modo a incorporar dados reais. Esses dados são manipulados interativamente na busca de um "melhor ajuste", de modo que os parâmetros ajustados caiam dentro de limites de tolerância especificados pelo usuário. A qualidade do ajuste é medida pela relação da soma ponderada dos desvios quadráticos entre valores observados e calculados. Tomando-se como base a geologia da área de estudo, selecionou-se o modelo de dique espesso finito tabular 2 (2¾-D) como o mais apropriado para representar o complexo. Os resultados de modelagens em três perfis indicaram corpos magnéticos com larguras variando entre 264 e 374 metros, espessuras entre 432 e 470 metros e mergulhos entre 52o e 68o para SE. MODELING AIRBORNE MAGNETIC DATA TO ESTIMATE WIDTH AND THICKNESS OF THE MAFIC/ULTRAMAFIC COMPLEX OF CAMPO FORMOSO, BAHIA STATE, BRAZIL Abstract The Campo Formoso complex is located in the Bahia State, in the northeastern part of Brazil. The complex comprises high-grade metamorphic rocks derived from peridotite and pyroxenite of Early Proterozoic age. Mafic/ultramafic rocks cover an area approximately 40 km long and 100 to 1100 m wide, with a general NE-SW direction, dipping to the southeast. This complex hosts the most important chromium deposit of Brazil. This deposit occurs in the southern portion of the complex which makes up a lower structural block, better preserved by the erosion than the northern portion. In spite of its economic importance, geological knowledge of the complex is still very limited. The deep weathering of the mafic/ultramafic rocks and the presence of alluvial and colluvial deposits difficult geological mapping. It is a stratiform complex and the mineralized layers may extend down to great depths. Therefore it is important do know the width and thickness of its rocks in subsurface. In this study airborne magnetic data were analyzed to obtain information of the subsurface extent of the Campo Formoso complex. In order to do that an interactive modeling method of tabular magnetic bodies with inversion process was applied in a selected area of the southern portion of the complex. The used model calculates depth, thickness, and dip of a simple geometry body, magnetized by induction, remanence, or both. This procedure helps to find the best possible match between a theoretical anomaly and a given set of magnetic data. The best fit is found when the adjusted parameters fall within a user-specified tolerance of values which minimize the weighted sum of squared deviations between the observed and the theoretical magnetic anomaly. When a set of parameters satisfies the best-fit criterion, confidence ranges are calculated for all parameters. According to geological data, the best model assumed for the ore body was a thick, flat-topped dyke of finite strike length 2 (2¾-D) and a finite variable depth extent. The modeling results of three profiles of the study area indicate magnetized bodies varying width from 264 to 374 m, thickness from 432 to 473m, and dipping from 52o to 68o SE.