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Causalidade e (des)semelhança em Descartes
Author(s) -
César Augusto Battisti
Publication year - 2020
Publication title -
doispontos
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2179-7412
pISSN - 1807-3883
DOI - 10.5380/dp.v16i3.65194
Subject(s) - philosophy , epistemology , axiom , mathematics , geometry
O artigo examina certas tensões geradas entre causalidade e (des)semelhança no âmbito da relação entre ideia e coisa. O ponto de partida de Descartes é que causalidade não implica semelhança. Ele precisa, contudo, recuperar esta última noção; caso contrário, a própria noção de causalidade não sobrevive (e, mesmo, a de verdade). Nesse sentido, Descartes necessita negociar com o fato de que, em geral, uma causa é eminente (e, portanto, dessemelhante ao efeito), ao passo que a doutrina da causalidade exige que ela seja, no mínimo, formal (semelhante a ele). Essa última exigência permite reintroduzir, de algum modo, a noção de semelhança, mas dificulta a apreensão de determinações cognitivas na direção em que se produz a causalidade (da causa para o efeito), o que conduz Descartes a dar primazia axiomática e metodológica ao efeito.

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