
A produção de etanol de cana no Estado da Paraíba: alternativas de sustentabilidade
Author(s) -
Márcia Cristina Silva Paixão,
Márcia Batista da Fonsêca
Publication year - 2011
Publication title -
desenvolvimento e meio ambiente/desenvolvimento e meio ambiente
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
SCImago Journal Rank - 0.15
H-Index - 3
eISSN - 2176-9109
pISSN - 1518-952X
DOI - 10.5380/dma.v24i0.21280
Subject(s) - agricultural science , humanities , environmental science , philosophy
Abundância de recursos naturais e de mão de obra e ganhos de produtividade nas últimas décadas conferem ao Brasil vantagens na produção mundial de etanol de cana. Em contraste, suas exportações são prejudicadas por barreiras comerciais e por alegações de dano ambiental causado pela queima da cana. A queima da palha da cana é prática mundial, mas o Brasil vem modificando este cenário por meio de uma ação cooperativa entre o Governo do Estado de São Paulo e líderes produtores: como alternativa da queima, a palha já está sendo utilizada como insumo na cogeração de energia elétrica. No Nordeste brasileiro, o Estado da Paraíba é o terceiro maior produtor de etanol, sendo significativa a importância econômica dessa produção para um dos Estados mais pobres do país. Por outro lado, não existe legislação local voltada para a redução da prática da queima. Partindo desse cenário, este estudo apresenta resultados de pesquisa realizada junto a produtores do Estado sobre o uso de medidas alternativas de sustentabilidade. Além disso, através de método de valoração econômica ambiental, foram estimados os ganhos potenciais de uma suposta eliminação da queima da cana. A pesquisa revelou que o setor sucroenergético paraibano ampliou o uso de técnicas de aproveitamento de resíduos como substitutos de produtos agroquímicos e insumos na produção de energia elétrica. A principal conclusão é que os produtores locais já reconhecem as vantagens ambientais e econômicas de reduzir a queima, em especial pelas informações apresentadas sobre planos de redução a partir de 2011 como uma iniciativa privada.