
DINÂMICA EM SUPERFÍCIE, VOLUME, BIOMASSA E CARBONO NAS FLORESTAS NATIVAS BRASILEIRAS: 1990-2015
Author(s) -
Carlos Roberto Sanquetta,
Ana Paula Dalla Corte,
Allan Libanio Pelissari,
Margarida Tomé,
Greyce Charllyne Benedet Maas,
Mateus Niroh Inoue Sanquetta
Publication year - 2018
Publication title -
biofix scientific journal
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2525-9725
DOI - 10.5380/biofix.v3i1.58513
Subject(s) - mathematics , forestry , environmental science , physics , zoology , geography , biology
Avaliou-se a dinâmica em área e em estoques de volume de madeira, biomassa e carbono nas florestas nativas do Brasil no período 1990 a 2015. A fonte utilizada para o trabalho foi o Relatório FRA2015 (Avaliação dos Recursos Florestais) submetido pelo Serviço Florestal Brasileiro à FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura). Os dados publicados foram analisados criticamente, deduções dos parâmetros empregados foram realizadas e alguns ajustes nos cálculos foram efetivados. A área de florestas nativas no Brasil decresceu no período de 25 anos, de 542 M ha para 486 M ha, o que corresponde a 10% da superfície inicial computada em 1990. As maiores perdas de áreas florestais ocorreram nos biomas Amazônia e Cerrado que representaram 85% do total e 56 M ha em todo o País, sendo equivalente à superfície do Estado da Bahia. O estoque volumétrico de madeira foi reduzido em 8,45% no período avaliado, de 103 G m3 para 95 G m3, com maior perda no bioma Amazônia (79%). A biomassa total seca estocada nas florestas também decresceu 8,44%, de 126 G t para 115 G t, com maior redução na Amazônia (79%). O estoque de carbono caiu de 63 G t para 58 G t, expressando uma perda de 8,40% que se deu em maior intensidade no bioma Amazônia (80%). Concluiu-se que as reduções em volume, biomassa e carbono são atribuídas à diminuição da cobertura florestal em todos os biomas e que tais reduções implicaram em emissões de gases de efeito estufa.