
ANESTESIA POR INFUSÃO INTRAVENOSA CONTÍNUA EM Tapirus terrestris (ANTA BRASILEIRA), PELA ASSOCIAÇÃO DE DETOMIDINA OU XILAZINA, COM MIDAZOLAM E QUETAMINA
Author(s) -
José Roberto Vaz Ferreira
Publication year - 1998
Publication title -
archives of veterinary science
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
SCImago Journal Rank - 0.15
H-Index - 9
eISSN - 2317-6822
pISSN - 1517-784X
DOI - 10.5380/avs.v3i1.3762
Subject(s) - midazolam , chemistry , physics , zoology , medicine , anesthesia , biology , sedation
A manutenção da anta brasileira em cativeiro vem contribuindo para a sua preservação. Todavia, o manejo destes animais pode necessitar de contenção química, haja visto que a contenção mecânica é um método arriscado nesta espécie. Poucos estudos foram realizados em relação à anestesia desses animais. Este trabalho objetivou pesquisar dois protocolos anestésicos em antas. Foram realizados dois grupos experimentais com 6 animais adultos cada, sendo 5 deles utilizados em ambos os grupos. A MPA foi procedida pela administração intramuscular (IM) de 0,05 mg/kg de detomidina (DMQ) ou 1 mg/kg de xilazina (XMQ). A indução anestésica deu-se pela associação de 0,1 mg/kg de midazolam com 2 mg/kg de quetantina, pela via intravenosa (IV), em ambos os grupos, 15 minutos após a MPA. A anestesia foi mantida por 60 minutos, pela infusão IV contínua de uma solução de NaCl a 0,9 %, contendo 0,04 mg/ml de detomidina (DMQ) ou 1,72 mg/ml de xilazina (XMQ), com 0,1 mg/ml de midazolam e 4 mg/ml de quetamina, na taxa de 1 ml/kg/h. Os parâmetros aferidos foram as freqüências cardíaca e respiratória, temperatura retal, hemogasometria venosa (pressão de oxigênio (PvO2), saturação de oxigênio na hemoglobina, pressão de dióxido de carbono (PvCO2), concentração total de dióxido de carbono, pH e bicarbonato), eletrólitos (cálcio, sódio e potássio), hematócrito, hemoglobina, glicose e cortisol plasmáticos, resposta reflexa a estímulos oculares, interdigital e anal, qualidade de relaxamento muscular e a sensibilidade cutânea à dor. Ambos os protocolos produziram anestesia segura, com efeitos de magnitude semelhante, com mínima depressão cardiorrespiratória, elevação da glicemia, bom miorrelaxamento e ausência de sensibilidade cutânea à dor. No grupo em que utilizou-se detomidina houve menor elevação da concentração de cortisol plasmático, com conseqüente redução da resposta de estresse anestésico. A sedação dos animais após a anestesia, com α2 - agonistas melhorou a qualidade de recuperação anestésica.