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AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS SÉRICOS DE CÁLCIO, FÓSFORO E MAGNÉSIO EM VACAS LEITEIRAS COM HIPOCALCEMIA
Author(s) -
Felipe Eduardo Dal Más,
Gustavo Luis Dal Más,
William A. Rodrigues,
Marilene Machado Silva
Publication year - 2020
Publication title -
archives of veterinary science
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
SCImago Journal Rank - 0.15
H-Index - 9
eISSN - 2317-6822
pISSN - 1517-784X
DOI - 10.5380/avs.v15i5.76553
Subject(s) - zoology , chemistry , physics , biology
A transição do estado de vaca seca para lactante ocorre rapidamente, aumentando abrupta e intensamente a demanda de nutrientes para produção de colostro e leite, no momento de menor consumo de matéria seca (CMS). O cálcio tem alta concentração no colostro e leite, e a falha na adaptação para o aumento da demanda, leva à hipocalcemia, que se manifesta pela incapacidade da vaca se manter em estação. A redução dos níveis séricos de fósforo e magnésio também podem levar o animal ao decúbito (GOFF, 2015), assim avaliar estes minerais é essencial nestas vacas em decúbito, sendo o objetivo deste trabalho avaliar as concentrações de cálcio, fósforo e magnésio em vacas com hipocalcemia clínica. Foram avaliadas 15 vacas com hipocalcemia, em decúbito persistente até 48h pós-parto, com reposta ao tratamento com cálcio intravenoso. O grupo controle foi constituído por 20 vacas sadias com até 30 dias pós-parto. As amostras de sangue foram coletadas em tubo seco antes do tratamento, no soro obtido foram mensuradas as concentrações de cálcio, fósforo e magnésio, em analisador bioquímico automático BS120 Mindray, no Laboratório Clínico Veterinário UFPR-Setor Palotina. Os grupos foram comparados por teste Teste t não pareado (p˂0,05). Os resultados foram comparados com intervalos de referência (GOFF, 2015). A média (mg/dL) e desvio padrão de cálcio para as vacas hipocalcêmicas foi 3,6±0,9, fósforo 3,4±1,5 e magnésio 2,56±0,62, para o grupo controle cálcio 9,2±1,1, fósforo 8±2 e magnésio 2,58±0,32, apresentando diferença para cálcio e fósforo. Comparado a parâmetros de referência, todas as vacas apresentaram hipocalcemia, com valores de 2,7 a 5,4mg/dL. O limiar mínimo de cálcio para que os animais se mantenham em estação é controverso, havendo a citação de que seja 5mg/dL (GOFF, 2015), no presente estudo foi de 5,5mg/dL. Além disso 66,7% tinham hipofosfatemia e 20% hipomagnesemia. Pontos críticos de fósforo (1,5mg/dL) e magnésio (1,2mg/dL) para causar decúbito (GOFF, 2015), foram atingidos em duas vacas para fósforo, mas estas tinham hipocalcemia grave, abaixo de 3,2mg/dL. A manutenção dos níveis sanguíneos destes minerais depende do consumo, e para cálcio e fósforo também da reabsorção óssea (GOFF, 2006), que necessita do estímulo do paratormônio, todavia a alcalose metabólica e hipomagnesemia reduzem a ação deste hormônio (GOFF, 2015) assim, o magnésio é essencial na manutenção da calcemia, e a hipomagnesemia pode ter contribuído para o desenvolvimento de hipocalcemia. Fatores como composição da dieta, concentração de magnésio e outros minerais, e CMS, determinam a absorção de magnésio (GOFF, 2006), explicando a variabilidade entre animais, apresentando ou não hipomagnesemia. A hipofosfatemia estava presente na maioria das vacas, demonstrando relação com o cálcio, havendo deficiência nas vacas hipocalcêmicas, provavelmente pelas concentrações de fósforo no leite, sua dependência da absorção da dieta e reabsorção óssea, como para o cálcio. Assim, a hipocalcemia nas vacas leiteiras está associada à redução de outros minerais como fósforo e magnésio, que podem contribuir para o desenvolvimento do quadro, embora provavelmente não determinantes do decúbito, e a avaliação dos três minerais é recomendada, contribuindo para diagnóstico e ajuste da dose destes íons no tratamento.

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