
Odontopediatras e técnicas aversivas no controle do comportamento infantil
Author(s) -
Talita Barbosa Minhoto,
Matheus França Perazzo,
Érick Tássio Barbosa Neves,
Ana Flávia GranvilleGarcia,
Bianca Oliveira Tôrres,
Jainara Maria Soares Ferreira
Publication year - 2017
Publication title -
rfo upf/revista da faculdade de odontologia
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2318-843X
pISSN - 1413-4012
DOI - 10.5335/rfo.v21i3.6111
Subject(s) - humanities , psychology , combinatorics , physics , philosophy , mathematics
Objetivo: avaliar o perfil dos odontopediatras e o uso das técnicas aversivas para o controle do comportamento no cotidiano clínico. Sujeitos e método: foi realizado um estudo transversal, censitário, realizado com 33 odontopediatras atuantes na cidade de João Pessoa, regularmenteinscritos no Conselho Regional de Odontologia da Paraíba. Os dados foram coletados por meio de questionário,objetivando avaliar: dados sociodemográficos; seleção e indicação das técnicas aversivas; ansiedade doodontopediatra e o consentimento e aceitação das técnicas aversivas pelas crianças/responsáveis. A análise dosdados foi realizada por estatística descritiva. Resultados: os odontopediatras foram representados principalmentepelo sexo feminino (93,9%), graduados há mais de 10 anos (84,8%) e com especialização (45,5%). Entreos profissionais, 84,8% utilizavam as técnicas aversivas, destes, 75,0% utilizavam as técnicas em pelo menos doisa cada 10 pacientes. No entanto, apenas 66,6% consideraram a abordagem do assunto suficiente durante após/graduação. A técnica aversiva mais escolhida pelos profissionais foi a contenção de braços, pernas e cabeçasem dispositivos específicos (53,6%), a principal indicação foi para crianças birrentas e agressivas (39,3%) e osprofissionais relataram baixa ansiedade para execução das técnicas (46,4%). A maioria dos odontopediatras(60,7%) não solicitava a assinatura do termo de consentimento. Além disso, 92,9% afirmaram que a estabilizaçãoprotetora não era rejeitada pelos pais, como também, 92,9% não consideraram que a estabilizaçãoprotetora prejudicasse a aceitação do tratamento odontológico posterior da família do paciente. Conclusão: foicomum os odontopediatras utilizarem as técnicas aversivas para o controle comportamental, porém poucossolicitavam a autorização pelo termo de consentimento.