z-logo
open-access-imgOpen Access
A mentira da verdade onto-teo-lógica: logos e areté em performação
Author(s) -
Lúcia Schneider Hardt,
Danilo José Scalla Botelho,
Rodrigo Mafalda
Publication year - 2016
Publication title -
espaço pedagógico
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2238-0302
pISSN - 0104-7469
DOI - 10.5335/rep.v23i2.6539
Subject(s) - logos bible software , humanities , philosophy , art , theology
A formação ou paideia seria impensável sem outros dois conceitos, a saber: areté (excelência ou excelência política) e, sobretudo, logos (discurso). O objetivo deste artigo é, portanto, a partir do Prólogo e do capítulo O adivinho, da obra Assim falou Zaratustra, de Nietzsche, diferenciar genealogicamente dois tipos de logoi, que implicam distintas aretai (excelências políticas): um tipo onto-teo-lógico, ligado a alguma verdade incondicional, outro logo-lógico ou performático (sofista), em que se performam verdades condicionais. Tendo como pano de fundo a investigação de Bárbara Cassin acerca do “logos sofista” e como fio condutor o aforismo 1 de Ecce Homo, a hipótese é que Zaratustra, ao questionar uma verdade única ontoteológica e admitir diferenciações, serve-se mais do logos performático – e “farmacológico”, que cria realidades, no sentido de Protágoras – do que o santo e o adivinho. Questiona-se, desse modo, se as democracias e seus respectivos sistemas educativos contemporâneos (com os “partidos” inclusos) seriam suficientemente fortes para aceitar o tensionamento, a erística e a agonística, os nômades, a diferenciação, os que sobram, os que faltam, bem como outro(s) discurso(s) que não o hegemônico (ou “verdadeiro”), que representa “fielmente” o real. O povo não entendeu (o logos de) Zaratustra, preferiu o último homem. Hoje, o entenderia?

The content you want is available to Zendy users.

Already have an account? Click here to sign in.
Having issues? You can contact us here