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DIMINUIÇÃO DA ATIVIDADE FÍSICA DE NONAGENÁRIOS E CENTENÁRIOS DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19, PROJETO AMPAL
Author(s) -
Francielle Bonett Aguirre,
Josemara de Paula Rocha,
Ana Paula Tiecker,
Vivian Ulrich,
Liziane Da Rosa Camargo,
Ângelo José Gonçalves Bós
Publication year - 2020
Publication title -
revista brasileira de ciências do envelhecimento humano
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2317-6695
pISSN - 1679-7930
DOI - 10.5335/rbceh.v17i2.11989
Subject(s) - humanities , covid-19 , medicine , art , disease , infectious disease (medical specialty)
Introdução: A atividade física (AF) é importante para uma boa condição funcional em nonagenários e centenários, mas pode estar diminuída durante a pandemia da COVID-19. Objetivo: Investigar mudanças na AF em nonagenários e centenários durante a pandemia. Método: Estudo observacional transversal, envolvendo nonagenários e centenários participantes do Projeto Atenção Multiprofissional ao Longevo (AMPAL). As avaliações foram realizadas entre abril e agosto/2020 por smartphone identificando modificações nos hábitos de vida e saúde durante a pandemia. O relato de AF e o índice de facilidade para a realização de Atividades de Vida Diária (AVD) antes e durante a pandemia foram calculados. O escore pontuou 0 (impossibilidade) e 15 (facilidade) para: levantar-se da cadeira sem apoio, transferência cama-cadeira, agarrar objetos firmemente e levantar os braços sobre a cabeça. Resultados: Participaram 53 longevos, dos quais 31 praticavam AF pelo menos uma vez semanal antes da COVID-19, 22 (71%) diminuíram a atividade durante a pandemia. A diminuição da AF foi maior entre os que moravam sozinhos (80%), homens (75%, contra 70% das mulheres), centenários (100%), entre 95-99 anos (85%) e passaram a sair de casa menos (79%). Os participantes que diminuíram a AF apresentaram escore da AVD pior (10,6±3,7) do que os que mantiveram (11,3±2,4 pontos). Conclusão: A AF diminuiu durante a pandemia, principalmente em homens, idade > 95 anos, que reduziram as saídas de casa, moravam com acompanhante e pioraram os níveis de AVD. Nonagenários e centenários poderiam ser mais encorajados a praticar AF talvez por estratégias como a tele assistência.