
SUPORTE FAMILIAR DE NONAGENÁRIOS E CENTENÁRIOS DURANTE A ATUAL PANDEMIA DE COVID-19
Author(s) -
Aline Mendes Da Rosa,
Julia De Freitas Machado,
Ângelo José Gonçalves Bós
Publication year - 2020
Publication title -
revista brasileira de ciências do envelhecimento humano
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2317-6695
pISSN - 1679-7930
DOI - 10.5335/rbceh.v17i2.11875
Subject(s) - humanities , covid-19 , physics , art , medicine , disease , pathology , infectious disease (medical specialty)
Introdução: Nonagenários e centenários apresentam elevadas taxas comorbidades fazendo com que eles necessitem de um suporte social. Geralmente esse suporte é familiar e que pode estar comprometido durante a COVID-19. Objetivo: Estudar a funcionalidade familiar durante o isolamento social devido a atual pandemia de COVID-19. Método: É um estudo transversal e analítico com nonagenários e centenários do projeto Atenção Multiprofissional ao Longevo (AMPAL) acompanhados desde 2016. O suporte familiar foi medido pelo ‘’APGAR de família’’ que permite a avaliação subjetiva da funcionalidade familiar. O APGAR é composto por cinco itens: ajuda recebida, compartilham problemas, apoio recebido, afeição recebida e tempo compartilhado. Os dados foram coletados via contato telefônico entre os meses de maio a julho de 2020 e comparados com dados anteriores dos mesmos longevos. Foram analisadas as possíveis mudanças em cada item do APGAR e a sua associação com gênero, faixa etária e se mora sozinho antes e durante os primeiros meses da COVID19. Resultados: Foram entrevistados 55 nonagenários e centenários, a maioria mulheres (74%) e residindo com familiar/cuidador (80%). A ajuda que recebe diminuiu em 4% e aumentou em 16% aumento. Houve diminuição de 2% no compartilhamento de problemas, apoio recebido e afeição recebida. Entretanto, os participantes relataram uma diminuição de 40% do tempo com a família. Conclusão: Os nonagenários e centenários apresentaram bom apoio familiar, mas referiram diminuição do tempo que passam com os familiares, mesmo morando com a família. Essa diminuição do contato com familiares pode resultar em aumento de sintomas depressivos e de ansiedade.