
Intertextualidade e narratividade na Sinfonia nº 1 (“O imprevisto”) de Villa-Lobos
Author(s) -
Paulo de Tarso Salles
Publication year - 2021
Publication title -
musica theorica
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2525-5541
DOI - 10.52930/mt.v5i1.126
Subject(s) - humanities , art , musical , literature
O propósito deste trabalho é apresentar uma análise da Sinfonia n. 1 (“O Imprevisto”) de Heitor Villa-Lobos (1887–1959) a partir de sua estrutura formal e narrativa. A obra foi composta em 1916 e é estruturada como se fosse um poema sinfônico, com texto programático escrito pelo próprio compositor. A narrativa literária é recoberta por outra, de caráter musical, estruturada em forma cíclica segundo o método de Vincent d’Indy (1909). A análise irá buscar pontos de aproximação e afastamento entre as narrativas literária e musical, segundo teorias da forma musical, usando terminologias de Hepokoski e Darcy (2006), Vande Moortele (2009, 2013) e Stoïanova (2000); teorias de narratividade musical propostas por Eero Tarasti (1994) e Byron Almén (2003, 2008); e análises tópicas, segundo Leonard Ratner (1980), Wye Allanbrook (1983), Raymond Monelle (2000, 2006) e outros. A intertextualidade se manifesta no plano musical, com obras de Berlioz, Liszt, Wagner, Franck, Nepomuceno e Debussy, mas também no plano literário, com Dante, Camões, Drummond, Graça Aranha e Haroldo de Campos.Palavras-chave: Villa-Lobos; Sinfonia; Narratividade; Teoria das tópicas; Análise musical; Intertextualidade