
ABELHAS ASSOCIADAS AO CAFEEIRO EM DIFERENTES SISTEMAS DE CULTIVO NO SEMIÁRIDO DA BAHIA, BRASIL
Author(s) -
Jennifer Guimarães Silva,
Ana Luiza De Jesus Gusmão,
Raquel PérezMaluf,
Ruth Santos Sousa
Publication year - 2022
Publication title -
journal of education, science and health
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2763-6119
DOI - 10.52832/jesh.v2i1.58
Subject(s) - biology , halictidae , horticulture , botany , apoidea , hymenoptera
Neste trabalho, buscou-se verificar se a diversidade de abelhas é alterada com as diferentes formas dos agrossistemas de café e se a mesma se mantém em todas as fases (vegetativa e reprodutiva) de desenvolvimento, observando quatro sistemas de cultivo da variedade Catuaí, dois arborizados e com ambos sistemas convencional e sem agrotóxicos (SAT), associados a grevíleas (Grevillea robusta), e dois a pleno sol (SAT e convencional) em dois períodos de avaliação (vegetativa e reprodutiva). Realizou-se um monitoramento quinzenal, com dez armadilhas do tipo Moericke, que permaneceram no campo por 48h, e rede entomológica. Na fase vegetativa, coletaram-se 193 espécimes de abelhas, distribuídas em 21 espécies, 18 gêneros, sete tribos e quatro famílias, sendo os gêneros mais abundantes Apis (37,8%), Melitomella (16,1%), Exomalopsis (10,9%) e Oxaea (10,9%). Para o período reprodutivo, coletaram-se 351 espécimes de nove espécies das famílias Apidae e Halictidae. Observou-se que os fatores que interferiram na composição da comunidade de abelhas podem estar relacionados ao uso de agrotóxicos e à ausência de plantas daninhas na entrelinha do no período vegetativo. Durante a fase reprodutiva do café, a diversidade de abelhas diminuiu devido à presença intensa de abelhas sociais. Trigona spinipes (36,8%), Apis mellifera (33%) e Schwarziana quadripunctata (19,9%) foram as espécies mais frequentes nas flores do cafeeiro em todos os agrossistemas estudados.