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Vitória acima da superioridade: como os aliados venceram a Segunda Guerra Mundial na Europa
Author(s) -
Carlos Eduardo Macedo
Publication year - 2022
Publication title -
coleção meira mattos
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2316-4891
pISSN - 2316-4883
DOI - 10.52781/cmm.a071
Subject(s) - humanities , philosophy
As relações internacionais atuais mostram o renascimento da competição entre Estados, o que revela a possibilidade de um conflito convencional entre grandes potências. Na ausência de confrontos recentes desse tipo, a dinâmica da Segunda Guerra Mundial (IIGM) ainda é uma útil fonte de compreensão sobre como um novo conflito pode se desdobrar. Para examinarmos essa guerra mundial do século passado, formulamos como questão se a superioridade dos Aliados, em termos econômicos e de pessoal, tornou sua vitória praticamente inevitável no teatro europeu. É uma pergunta ainda válida atualmente, porque os estados continuam competindo sob o guarda-chuva do dilema de segurança segundo o qual a capacidade de defesa é entendida como aumento do número de “soldados” e de meios. Este artigo teve como objetivo responder à pergunta com o apoio da teoria de Michael Handel, que afirma que guerras prolongadas foram vencidas por aqueles que, além de superioridade econômica e na quantidade de “soldados” e de outros meios, mostram melhor liderança, formam uma aliança profícua e observam a geografia com sabedoria. Nosso estudo concluiu que, embora a superioridade tenha sido de fato relevante na IIGM, ela foi na verdade apenas a parte visível de uma estratégia pensada e conduzida por uma liderança experiente que levou em conta as características da geografia e estabeleceu um forte sistema de alianças.