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Filosofia Africana: a recepção de uma teoria na obra Das Independências às Liberdades
Author(s) -
Daniel Vasco Nhantumbo
Publication year - 2019
Publication title -
cadernos cajuína
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2448-0916
DOI - 10.52641/cadcaj.v4i3.303
Subject(s) - humanities , philosophy
Severino Ngoenha preconiza uma sociedade onde o indivíduo seja livre e autónomo. O objectivo do artigo é fazer uma análise sobre a recepção de uma teoria, na obra Das independências às liberdades, cuja reflexão gira em torno da situação do africano escravizado e colonizado. Essa escravização denegriu a dignidade do próprio africano. A colonização foi aplicável por muitos anos e chegou um dia que os mesmos ficaram saturados e começaram em conjunto a unir forças em busca da sua autonomia e dignidade; nisto surgem as independências africanas. Ademais, tendo-se conquistado as independências, as mesmas não foram acompanhadas pela liberdade. Aliás, a África já conquistou a sua independência, porém, ainda não conquistou a sua liberdade, apesar de a liberdade ser um valor essencial da independência. Ele questiona a persistente situação da pobreza e da fome que se vive no continente negro. O alcance das liberdades passa por construir e elaborar projectos que possam garantir uma autonomia económica, já que, na ausência desta as independências continuam a ser um disfarce do neocolonialismo. E, a conquista das liberdades depende da solidariedade entre os africanos. Um projecto que só poderá ser atingido pela consciência da identidade porque esta exige para além da coexistência um tratamento igualitário entre Homens. Seria esta uma via que superaria tanto as desigualdades como o individualismo.

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