
Sobre casamentos com índios e não índios em coletivos tupi guarani e guarani-mbya
Author(s) -
Rodrigo Rossi Mora Brusco
Publication year - 2017
Publication title -
r@u
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2175-4705
DOI - 10.52426/rau.v9i2(suplemento).221
Subject(s) - humanities , geography , philosophy
A temática dos casamentos com não índios por populações indígenas, prática por vezes associada ao conceito nativo de mistura por coletivos tupi guarani, é o foco deste artigo. Mais especificamente, me interesso em criar uma reflexão comparativa sobre as valorações contrastantes que, segundo a literatura especializada, duas populações categorizadas como “parcialidades” guarani (os Tupi Guarani e os Mbya) conferem a esse tipo de aliança matrimonial. A comparação de três exemplos (Guarani-mbya de Araponga e Parati Mirim, Tupi Guarani de Piaçaguera e Guarani-mbya de Tekoa Mbo’y ty), controlada pelo caso dos Piro do Baixo Urubamba, demonstrará versões de um mesmo esquema relacional em constante transformação no tempo e no espaço. Proponho que, neste esquema, diferentes estratégias (ou escolhas) tomadas na história levam a articulações diferenciais entre distância socioespacial e cálculo genealógico na definição dos afins possíveis