
PREVALÊNCIA DE PARASITOSES INTESTINAIS DE ACORDO COM O GÊNERO EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO NO SUL DO BRASIL
Author(s) -
Greyce Christine Lisboa Bueno,
Marcellus Reis,
Elisa Cristina Delfini Corrêa,
Leonardo de Lucca Schiavon,
Janaína Luz Narciso-Schiavon
Publication year - 2015
Publication title -
revista de patologia tropical / journal of tropical pathology
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
SCImago Journal Rank - 0.128
H-Index - 1
eISSN - 1080-8178
pISSN - 0301-0406
DOI - 10.5216/rpt.v44i4.39240
Subject(s) - medicine , gynecology , biology
Introdução: As parasitoses intestinais apresentam elevada morbimortalidade, especialmente em áreas endêmicas. O Brasil é um país de extrema heterogeneidade econômica e pouco se sabe sobre a prevalência de parasitoses intestinais na região Sul. O objetivo desse estudo é relatar a prevalência de parasitoses intestinais em exames de fezes, e avaliar se há diferenças em relação ao gênero. Métodos: Estudo de coorte histórico, analítico transversal, que avaliou exames parasitológicos de fezes (PPFs) realizados em laboratório de Hospital Universitário. Resultados: Foram incluídos 3.126 resultados de PPFs, onde 44,4% pertenciam a homens e 10,1% eram positivos. Protozoários comensais foram os mais frequentes (7,7%) e E. nana foi o mais prevalente (3,7%). Entre os patogênicos, o mais frequente foi G. lamblia (1,3%), seguido de S. stercoralis (0,7%). De uma forma geral, os homens apresentaram maior proporção de exames positivos (13,0% vs. 7,8%; P < 0,001), tanto para parasitos comensais (7,2% vs. 5,1%; P = 0,016), quanto para patogênicos (4,5% vs. 1,8%; P < 0,001); tanto para protozoários (10,7% vs. 6,4%; P < 0,001) quanto para nematodos (1,4% vs. 0,6%; P = 0,036). Igualmente, os homens apresentaram uma maior proporção de resultados positivos para E. nana (5,2% vs. 2,6%; P < 0,001), E. coli (3,5% vs. 1,6%; P < 0,001), G. lamblia (2,2% vs. 0,6%; P < 0,001) e S. stercoralis (1,1% vs. 0,3%; P = 0,013) quando comparados às mulheres. Conclusões: Parasitos foram encontrados em 10% dos exames, sendo os comensais mais prevalentes. Os homens exibiram maior proporção de enteroparasitoses que as mulheres.