
Estudar, trabalhar ou alocar o tempo de outra maneira? Decisões dos jovens do sexo masculino no Brasil Metropolitano entre 2002 e 2015
Author(s) -
Anne Caroline Costa Resende,
Mariângela Furlan Antigo,
Tomás de Faria Balbino,
Carolina Guinesi Mattos Borges
Publication year - 2018
Publication title -
revista de economia do centro-oeste
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2447-231X
DOI - 10.5216/reoeste.v4i1.55043
Subject(s) - humanities , philosophy
Este artigo busca estudar as decisões dos jovens de 18 a 24 anos do sexo masculino entre estudar, pertencer à pea ou alocar o tempo de outra maneira. A análise compreende o período entre 2002 a 2015, baseada nos dados da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, quando esta tem sua série encerrada. Aplicada a seis regiões metropolitanas do país, a saber, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre, os resultados apontam taxas de desocupação e de inatividade mais expressivas para jovens residentes nas regiões metropolitanas de Recife e de Salvador enquanto Porto Alegre figura com as menores taxas. Diferenças ainda mais evidentes ao se considerar a escolaridade dos jovens, com destaque para o grupo de 8 a 10 anos de estudo, no qual a taxa de inatividade da região metropolitana do Rio de Janeiro se destaca entre as mais altas. O emprego de matrizes de transição mostra um aumento na alocação do tempo em não estudar e não pertencer à população economicamente ativa (pea), com maior expressão para as regiões metropolitanas do Nordeste. Além disso, estimativas para cada região de um modelo logit multinomial, considerando a possibilidade de o jovem pertencer à pea e estar estudando, pertencer à pea e não estudar, não pertencer à pea e estudar e, ainda, não pertencer à pea e não estudar no período atual, mostram uma dependência temporal significativa da posição na qual ele se encontrava no ano anterior, evidenciando dificuldades para realizar transições, principalmente para aqueles que não se encontram na pea e não estudam. Jovens pretos e pardos, na condição de filhos, com menores níveis de escolaridade apresentam maior probabilidade de não pertencer à pea e não frequentar a escola. Fatores macroeconômicos contribuem para esse comportamento no período mais recente.