"Os Pobres também são Gente" Breve Reflexão sobre o Estado da Cultura em Santarém, Portugal DOI10.5216/o.v12i2.18170

.Este artigo pretende analisar\uda obra de cultura popular desenvolvida\udna cidade portuguesa de Santarém\uddurante o período do Estado Novo. A\udpartir de expressões como “os pobres\udtambém são gente” e “todos têm direito\udà cultura” estudou-se a influência\udde um grupo privilegiado na difusão\udcultural dos mais desfavorecidos. Assim,\udabordaram-se os conceitos de\udcultura popular e identidade regional\udnum período de implementação e afirmação\uddo Estado Novo. A “política\uddo espírito” defendida pelo regime de\udSalazar beneficiou de adaptações regionais\udcomo se pode verificar pela realidade\udvivida na cidade de Santarém.\udAí, um grupo de homens liderado por\udManuel Ginestal Machado definiu um\udamplo projecto de coordenação cultural\udque pretendeu alargar os horizontes\uddos menos favorecidos. Ao longo\uddeste estudo, também se abordou a\udimportância das associações culturais\ude recreativas na dinâmica cultural da\udcidade sem esquecer a estratificação\udsocial protagonizada por algumas. A\udpartir dos estudos de Burke, Revel,\udChartier e Eagleton estudou-se a possibilidade\udde definir a acção do homem\udem torno da acção cultural