
O CORO COMO AGENTE TRANSFORMADOR DO ESPAÇO NA ENCENAÇÃO DA ÓPERA ORFEU E EURÍDICE DE GLUCK
Author(s) -
Alexandre Lautert
Publication year - 2020
Publication title -
arte da cena
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2358-6060
DOI - 10.5216/ac.v6i1.62450
Subject(s) - humanities , art
Em 2019, o Núcleo de Ópera da Escola de Música e Belas Artes do Paraná/UNESPAR encenou a ópera Orfeu e Eurídice (1762), de Christoph Willibald Gluck. Este artigo aborda a proposta de encenação e o processo de criação da montagem, que buscou integrar o coro com a cenografia por uma série de ações para a constante transformação do espaço da cena. Retomando aspectos dos antigos coros de teatro grego, onde os integrantes tinham a tripla função de narrar, cantar e dançar, e considerando a dança em sentido amplo, segundo Cláudia Andrade (abrangendo expressão corporal, ações diversas e movimentos em geral), buscou-se que o coro desenvolvesse ações significativas em interação com os objetos cênicos. Ao manipulá-los de diversas formas, o coro atuou como agente transformador do espaço, por vezes, inclusive, se confundindo com a cenografia. Para atingir este resultado, foi necessário desenvolver um trabalho de autoconhecimento e experimentação corporal com os integrantes do coro, a fim de expandir os limites do corpo e as habilidades de cantar e realizar diferentes ações simultaneamente.
Palavras-chave: Coro; Ópera; Cenografia; Movimento; Corpo.