Inteligência Artificial e a transformação digital em Medicina

A possibilidade de codificação digital da informação tem transformado a vida das pessoas em velocidade exponencial. Três variáveis se destacam para essa transformação digital: a geração de grandes arquivos digitais, superiores às capacidades de processamento dos atuais computadores (Bigdata); a alta velocidade e disponibilidade universal da Internet; e o compartilhamento desses arquivos em nuvem, possibilitando o compartilhamento de super-máquinas. Máquinas com alta capacidade de processamento por segundo passam a executar funções, que, se realizadas por humanos, exigiriam inteligência. É a inteligência artificial. As atividades que exibem padrão repetitivo passam, progressivamente, a ser melhor executadas por computadores substituindo ou apoiando e melhorando as tarefas humanas. As grandes vias de telecomunicação ampliam a transformação através do exercício da medicina à distância: a telemedicina. O valor dos dados supera o valor dos serviços de saúde. Pacientes, profissionais e organizações de saúde são demandadas a adaptações rápidas e redefinições de seus papeis, destacando-se o foco no paciente, que assume seu protagonismo. Esse ambiente gera previsões otimistas com impactos significativos sobre indicadores relevantes de saúde. Mas também, são acompanhados por possibilidades preocupantes, especialmente as relacionadas à segurança e privacidade das pessoas ou mesmo de países, sob o conceito da ditadura digital.