
Relação de forças entre as orientações da Unesco e as demandas estudantis na Lei nº 13.415/2017
Author(s) -
Aldimara Catarina Brito Delabona Boutin,
Simone de Fátima Flach
Publication year - 2022
Publication title -
práxis educativa
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
SCImago Journal Rank - 0.213
H-Index - 4
eISSN - 1809-4309
pISSN - 1809-4031
DOI - 10.5212/praxeduc.v.17.19945.028
Subject(s) - humanities , political science , philosophy
A partir de pesquisa mais ampla e tendo como aporte teórico o materialismo histórico e dialético, este texto tem por objetivo desvelar a relação de forças entre a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) e o movimento estudantil secundarista brasileiro, aqui representado pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), na materialização da Lei No 13.415/2017 – Reforma do Ensino Médio. Para tanto, são analisados documentos produzidos pela Unesco, normativas, notas e demais textos produzidos pela Ubes e entrevistas semiestruturadas realizadas com seis estudantes que ocupavam cargos de diretoria da entidade no período entre 2018 e 2020. As análises são norteadas pelas categorias de hegemonia e de relação de forças extraídas do pensamento de Antonio Gramsci. Ao final, conclui-se que as orientações da Unesco e as demandas do movimento estudantil são antagônicas, visto que, de um lado, há a defesa dos interesses capitalistas; e, de outro, há a preocupação com a formação mais ampla voltada para a práxis social. Na materialização da proposta do novo Ensino Médio, houve prejuízo às demandas estudantis e supremacia de interesses burgueses defendidos pela agência internacional.