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Quem tem medo das imagens das crianças na pesquisa? – Contributos para a utilização de imagens na pesquisa com crianças
Author(s) -
Natália Fernandes,
Stella Guedes Caputo
Publication year - 2021
Publication title -
sociedad e infancias
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2695-8996
pISSN - 2531-0720
DOI - 10.5209/soci.71598
Subject(s) - humanities , art , philosophy
A investigação com crianças, no âmbito dos estudos da criança, tem vindo a consolidar-se ao longo das últimas três décadas, sendo que neste percurso têm sido dados passos significativos para respeitar a imagem da criança enquanto sujeito ativo de direitos. Alguns desses passos têm acentuado a importância de, nos processos de pesquisa, se respeitar, quer a autoria da criança, mobilizando para tal metodologias amigáveis que se sustentam nas linguagens diversas que as crianças utilizam para comunicar, quer a necessária proteção das mesmas, sendo a este propósito muito significativa a discussão sobre modos responsáveis de respeitar a criança, a visibilidade das suas vozes e imagens. Neste texto pretendemos trazer uma discussão sobre modos de desenvolvimento de pesquisa com crianças, que respeitando a sua autoria, respeitem também a sua integridade e bem-estar. Para tal, desenvolvemos uma reflexão inicial sobre métodos de pesquisa com crianças em geral e sobre metodologias visuais em particular e as necessárias articulações com uma relação ética indispensável em todo o processo de pesquisa. Questionamos, depois, os modos como os pesquisadores utilizam as imagens de crianças e com crianças, avançando com algumas tendências, decorrentes da análise desenvolvida à forma como as mesmas têm vindo a ser apresentadas nos relatórios de pesquisa, das quais destacamos a imagem da criança-fantasma, sustentando-se neste artigo a pungente necessidade de defender  a imagem da criança-sujeito. Apresentamos, finalmente, um conjunto de contributos que nos ajudem a pensar eticamente o uso de imagens na investigação com crianças, de modo a respeitarmos a criança enquanto participante e autora, num profundo respeito pelos seus direitos

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