z-logo
open-access-imgOpen Access
Consagrado a Augusto
Author(s) -
José d’Encarnação
Publication year - 2017
Publication title -
gerión
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1698-2444
pISSN - 0213-0181
DOI - 10.5209/geri.56172
Subject(s) - emperor , yesterday , politics , cult , context (archaeology) , ancient history , power (physics) , history , political science , law , archaeology , physics , quantum mechanics , astronomy
Propõe-se uma reflexão acerca do papel do poder político na gestão dos povos, a propósito da proclamação de Augusto como imperador. O entrelaçar dos poderes político, económico, militar e religioso há dois mil anos, como na actualidade. Analisa-se a conjuntura que levou Augusto a, pela força militar, assumir o poder, procurando, porém, camuflar a enorme mudança de regime político que protagonizara, inclusive tudo fazendo para que fosse considerado um continuador e não um revolucionário.A escolha do nome constitui, nesse aspecto, um sintoma deveras significativo: começa por ser imperator (chefe militar, para agradar aos soldados); depois, é Caesar, para acentuar, do ponto de vista jurídico e pela hereditariedade, a sua legitimidade; finalmente, Augustus assinala que os deuses estão com ele e que é, no fundo, um salvador. Não se assume como deus, mas deixa que o venerem como tal, favorecendo inclusive a criação de colégios sacerdotais nas províncias, colónias e municípios, para – através do seu culto – garantir fidelidade por todo o Império. Analisam-se, a documentá-lo, alguns textos epigráficos em que a ‘consagração’ é evidente.What about the politic power on the peoples’ government? On the time of Augustus, the emperor, a great difference from today? Politics, economy, military forces, religious context – yesterday and now. Why the emperor let his people see him as a guarantee of a desirable continuity? The emperor is imperator, like a military chief; he is Caesar, because his father was the killed Cesar; and, fundamentally, he is Augustus, protected by the gods, emperor to do the best for his people!... Isn’t a god, but Augustus let, without objection, that the cities organise collegia to promote his cult and image. It’s also an excellent form to obtain people’s fidelity, especially of the middle class, always the most important part of a local population. Some epigraphic texts are evocated to document this powerful involvement

The content you want is available to Zendy users.

Already have an account? Click here to sign in.
Having issues? You can contact us here